Na manhã de terça-feira, 19 de setembro, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, fez uma declaração contundente: não há qualquer acordo entre o governo mexicano e a DEA (Agência Antidrogas dos Estados Unidos) para um projeto conjunto no combate ao narcotráfico. A informação havia sido divulgada anteriormente pela própria DEA, que anunciou a colaboração no Projeto Portero, destinado a enfrentar os operadores das rotas narcotraficantes na fronteira. Durante sua coletiva de imprensa, Sheinbaum refutou a notícia, afirmando: “Não há nenhum acordo com a DEA”.
Sheinbaum explicou que o que realmente foi acertado foi um treinamento de policiais mexicanos no Texas, ressaltando que um novo acordo na área de segurança com o Departamento de Estado dos EUA está em negociação. “Qualquer comunicação conjunta se faz de forma colaborativa. Não validamos informações que não foram discutidas com o governo do México”, destacou a presidente, evidenciando a necessidade de esclarecimentos.
Além disso, a presidente anunciou que a Chancelaria mexicana buscará explicações junto à embaixada dos EUA a respeito do anúncio, embora tenha garantido que isso não comprometerá as relações bilaterais. “A relação continua. Temos coordenação e colaboração, e é nosso dever esclarecer as informações”, afirmou, demonstrando um compromisso com a transparência nas relações internacionais.
O Projeto Portero, conforme descrito pela DEA, visa desmantelar o papel dos “guardas” dos cartéis, agentes que controlam os corredores de contrabando essenciais para as operações das quadrilhas. O administrador da DEA, Terrance Cole, enfatizou a urgência da missão, destacando as ações decisivas da agência para enfrentar os cartéis, especialmente diante da crise de fentanil que afeta a população americana.
Essa narrativa se insere em um contexto mais amplo, onde a pressão do governo dos EUA, especialmente sob a administração de Donald Trump, tem buscado que o México intensifique suas ações no combate ao tráfico de drogas, frequentemente utilizando ameaças tarifárias como forma de coagir a ação mexicana.
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