
No coração do Rio de Janeiro, uma tragédia recente ressoou nas redes sociais. O rapper Oruam, atualmente preso, se manifestou sobre o caso de um motoboy que foi atingido por um disparo de um policial militar durante uma abordagem imprópria. O incidente ocorreu quando o policial pediu que o entregador subisse até seu apartamento para realizar a entrega de uma encomenda.
Através de sua assessoria de imprensa, Oruam expressou seu profundo abalo com a situação. “Essa notícia me tocou profundamente, refletindo a seletividade da Justiça brasileira que eu já sinto na pele”, declarou. Para ele, a dura realidade que vive dentro da prisão somente reforça a ideia de que “a lei não tem cor”. Com lágrimas nos olhos, ele afirmou: “A mesma lei que deveria proteger todos é a que trata alguns como cidadãos e outros como inimigos, pesando mais contra nós, pretos e periféricos”.

Reprodução/Redes Sociais
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“Venci com talento, não com violência. Estou aqui sem provas, enquanto quem realmente comete crimes continua livre”, disse Oruam com um orgulho inquebrantável de sua história e suas conquistas. Ele já está em prisão preventiva desde 22 de julho, acusado de tentativa de homicídio triplamente qualificada, após uma situação confusa em frente à sua casa, onde tentou intervir em um mandado de apreensão relacionado a um adolescente.
A nota apresentada pela equipe do rapper é clara em expor a fragilidade das acusações contra ele. Segundo a defesa, as evidências apresentadas são frágeis e contestadas por especialistas, enquanto o agente que disparou contra o motoboy enfrenta uma situação muito mais branda, sendo indiciado apenas por lesão corporal e respondendo em liberdade. “Isto vai contra a lei, que deve ser a mesma para todos”, afirmaram.
A diferença no tratamento dado aos dois casos levanta questões cruciais sobre justiça e igualdade. A equipe de Oruam enfatizou que sua prisão preventiva é uma violação dos direitos garantidos pelo Código de Processo Penal, citando a falta de risco concreto à sociedade e sublinhando que Oruam é réu primário com um endereço fixo.
Para a assessoria do artista, essa situação é um reflexo cruel do racismo estrutural e da seletividade do sistema penal, onde jovens negros e periféricos são constantemente criminalizados. Eles pedem um sistema judiciário que se baseie em provas, imparcialidade e respeito à Constituição, não em preconceitos ou estigmas sociais.
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