26 setembro, 2025
sexta-feira, 26 setembro, 2025

Prévia da inflação sobe 0,48% em setembro

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Marcello Casal Jr / Agência Brasil

Inflação oficial recua 0,11% em agosto, menor resultado desde 2022Marcello Casal JrAgência Brasil

Dos cinco grupos de preços apurados pelo IBGE, cinco apresentaram alta na passagem de agosto para setembro

A prévia da inflação oficial de setembro alcançou 0,48%, um aumento notável que teve como principal protagonista o preço da energia elétrica. Em contrapartida, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou -0,14% em agosto, enquanto setembro de 2024 trouxe uma leve elevação para 0,13%. Em uma perspectiva anual, o IPCA-15 acumula 5,32%, permanecendo acima da meta estabelecida pelo governo, que está fixada em 3% ao ano, com uma tolerância de 1,5 pontos percentuais.

A alta nas contas de luz deve-se à “devolução” do Bônus Itaipu, um desconto vantajoso concedido a 80,8 milhões de consumidores em agosto. Sem esse bônus, as faturas de setembro foram elevadas em comparação ao mês anterior, refletindo diretamente na inflação.

Das cinco categorias analisadas pelo IBGE, todas mostraram aumentos nos preços entre agosto e setembro: habitação (+3,31%), vestuário (+0,97%), saúde e cuidados pessoais (+0,36%), despesas pessoais (+0,2%) e educação (+0,03%). Por outro lado, algumas categorias como comunicação, artigos de residência, transportes e alimentação e bebidas apresentaram quedas.

O impacto do grupo de habitação foi particularmente significativo, representando 0,5 pontos percentuais do IPCA-15 de setembro. O preço da energia elétrica residencial, que apresentou uma alta acentuada de 12,17% após uma queda de 4,93% no mês anterior, foi o maior contributo isolado entre os 377 produtos e serviços pesquisados. O fim do bônus, junto com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 a cada 100 Kwh consumidos, exacerbou essa situação.

A Aneel estabelece essa cobrança extra para custear usinas termelétricas em períodos de baixa nos reservatórios das hidrelétricas, já que a energia gerada por essas usinas é consideravelmente mais cara.

No que diz respeito aos alimentos, a prévia da inflação revelou uma queda contínua, marcando a quarta redução consecutiva. Em setembro, os preços dos alimentos caíram 0,35%, com um impacto negativo de -0,08 pontos percentuais. O arroz, o tomate e a cebola apresentaram as maiores quedas, enquanto as frutas subiram em média 1,03%.

O IPCA-15, que compartilha a mesma metodologia do IPCA, é essencial para a política de meta de inflação do governo. Contudo, a principal diferença reside no período de coleta de preços e na abrangência geográfica. A coleta para a prévia foi realizada de 15 de agosto a 15 de setembro, cobrindo 11 localidades, incluindo as principais capitais.

É crucial entender a dinâmica por trás desses números, pois a inflação impacta diretamente o cotidiano das famílias brasileiras. Você já percebeu como as mudanças nos preços afetam seu dia a dia? Compartilhe suas impressões e vamos discutir!

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