No último sábado, 28 de outubro, Budapeste foi o palco de uma manifestação vibrante e desafiadora: a Marcha do Orgulho LGBTQIA+. Apesar das tentativas do governo húngaro e restrições policiais, cerca de 200.000 pessoas se uniram nas ruas, celebrando a diversidade e os direitos da comunidade. Este evento monumental representou uma reação enfática contra o retrocesso dos direitos LGBTQIA+ na Hungria, um fato que não passou despercebido pelo primeiro-ministro Viktor Orbán.
Após a marcha, Orbán declarou que o ocorrido era uma “vergonha”, afirmando: “Sou aqueles que não consideram o que aconteceu um motivo de orgulho”. Em uma entrevista pré-gravada, divulgada por meio das redes sociais, o primeiro-ministro não hesitou em criticar a presença massiva dos participantes, insinuando que a manifestação reflete uma violação das normas e valores da Hungria.
O governo húngaro, liderado por Orbán desde 2010, tem implementado uma série de políticas conservadoras que visam restringir os direitos da população LGBTQIA+. Recentemente, uma nova legislação foi aprovada, proibindo qualquer manifestação relacionada à homossexualidade e identidade transgênero que possa expor menores a essas questões. Ao descartar a ideia de uma intervenção policial durante a marcha, Orbán, no entanto, deixou claro que sua administração está atenta e disposta a aplicar consequências legais em futuras mobilizações.
Oposição ao governo e apoiadores da causa LGBTQIA+ denunciam que esse ataque aos direitos é uma estratégia de diversionismo político, alimentada por um desejo de manter controle sobre as narrativas sociais e culturais da Hungria. A Marcha do Orgulho de Budapeste, portanto, se tornou não apenas uma celebração, mas um símbolo de resistência e uma afirmação de identidade em face da repressão.
E você, o que pensa sobre as recentes declarações de Orbán e a luta pelos direitos LGBTQIA+ na Hungria? Vamos conversar nos comentários!