A história política de Israel ganha um novo capítulo marcado por um fato inédito: Benjamin Netanyahu, o atual primeiro-ministro, se tornará o primeiro líder a enfrentar um julgamento por corrupção durante seu mandato. A partir de novembro, ele comparecerá ao tribunal três vezes por semana para responder a acusações de suborno, fraude e abuso de confiança.
Essa decisão, proferida em 12 de setembro, visa dar celeridade ao processo, que sofreu diversas interrupções nos últimos meses, muitas vezes por motivos relacionados à saúde de Netanyahu e à escalada de conflitos na região. Em julho, o tribunal já havia adiando audiências sob justificativas de problemas de saúde do premiê e pelos bombardeios israelenses na Síria, em resposta a confrontos entre beduínos e drusos.
O advogado de Netanyahu já havia solicitado a suspensão dos comparecimentos devido a essas questões conflituosas. Além disso, um pedido pessoal do primeiro-ministro, alegando questões diplomáticas e de segurança nacional, também resultou em interrupções nas audiências. A situação foi ainda mais impactada por um apelo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chamou o processo de “caça às bruxas” e pediu pela suspensão imediata das acusações.
Os crimes pelos quais Netanyahu é acusado estão centrados em suas relações com magnatas que influenciavam meios de comunicação, levantando questões sérias sobre sua conduta como líder. O julgamento, que promete agitar não apenas a política interna de Israel, mas também as relações internacionais, terá início efetivo em dezembro de 2024, com os depoimentos de testemunhas fundamentais.
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