25 setembro, 2025
quinta-feira, 25 setembro, 2025

Produção florestal do país cresce 16,7% e chega a R$ 44,3 bi em 2024

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Em 2024, as florestas brasileiras, tanto naturais quanto plantadas, impulsionaram uma produção econômica impressionante de R$ 44,3 bilhões. Isso significa um crescimento de 16,7% em relação ao ano anterior e um incrível aumento de 140% desde 2019.

Esses dados fazem parte da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento nos números pode ser atribuído à combinação de um aumento na extração e preços de venda superiores.

Notável é que a silvicultura sozinha representa 84,1% dessa produção, totalizando R$ 37,2 bilhões. O restante, 15,9%, corresponde ao extrativismo vegetal, evidenciando como a produção silvícola superou a extrativa desde 1998. Silvicultura se refere ao cultivo em áreas plantadas, enquanto o extrativismo se concentra nas florestas naturais. Carlos Alfredo Barreto Guedes, do IBGE, destaca que nem toda extração é ilegal, enfatizando que muitas são autorizadas.

Em termos geográficos, 4.921 dos 5.570 municípios brasileiros estão envolvidos na produção florestal, com as regiões Sul e Sudeste concentrando 65,7% desse valor. O Sudeste, sozinho, representa 34,7%, enquanto o Sul responde por 31%. Minas Gerais se destaca como o estado que mais produz, contribuindo com R$ 8,5 bilhões, o que equivale a 22,8% do total nacional.

Entre as cidades, General Carneiro, no Paraná, lidera com R$ 674,4 milhões, enquanto Três Lagoas (MS), João Pinheiro (MG), Brasilândia (MS) e Buritizeiro (MG) também permanecem no topo, impulsionadas pela produtividade de seus plantios.

Praticamente toda a produção da silvicultura brasileira (98,3%) provém da atividade madeireira, com papel e celulose como os principais produtos dessa cadeia. A produção de madeira para estas finalidades foi recorde em 2024, somando 122,1 milhões de metros cúbicos. Isso posiciona o Brasil como líder mundial na exportação de celulose, superando o Canadá e alcançando exportações de 19,7 milhões de toneladas, gerando US$ 10,6 bilhões, sendo os principais mercados a China, os Estados Unidos, a Itália e os Países Baixos.

A sustentação do Brasil nesse mercado internacional se deve a condições climáticas favoráveis e práticas de cultivo sustentáveis. Para se ter uma ideia, a área de floresta plantada para silvicultura abrange 9,9 milhões de hectares em 3.552 municípios, um espaço equivalente ao estado de Pernambuco. A maioria desse plantio é dedicada ao eucalipto, que representa 77,6%, seguido do pinus com 18,6%.

Minas Gerais destaca-se como o estado com a maior área plantada de eucalipto, com 2,1 milhões de hectares, equivalente a ter um “Sergipe de eucalipto”. Ribas do Rio Pardo, no Mato Grosso do Sul, é o município que mais se destaca, com 380,7 mil hectares, quase duas vezes a área da cidade de São Paulo.

No que se refere ao extrativismo vegetal, 65,6% dos R$ 7 bilhões gerados vêm da atividade madeireira. O açaí, coletado principalmente na região Norte, contribui com 50,9% desse valor, totalizando 247,5 mil toneladas produzidas em 2024. O Pará lidera a produção, com 168,5 mil toneladas, e Limoeiro do Ajuru se consagra como o maior produtor do Brasil.

Além disso, a erva-mate da região Sul também é significativa, com o Paraná produzindo 85,8% do total, destacando-se São Mateus do Sul como o município de maior extração. O panorama florestal brasileiro revela um cenário promissor e dinâmico. Compartilhe suas impressões e experiências sobre a atuação das florestas brasileiras nos comentários!

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