No coração de Londres, mais de 150 pessoas foram detidas em uma manifestação fervorosa, realizada em apoio ao grupo Palestine Action, cuja classificação como “terrorista” gera controvérsia e divisão. Às 12h, o Parlamento britânico foi o palco de uma cena vibrante, onde centenas de manifestantes ergueram cartazes que clamavam “Eu me oponho ao genocídio. Apoio a Palestine Action”, desafiando, assim, o risco iminente de prisão. Apenas um dia antes, a polícia havia alertado que não hesitaria em agir contra qualquer demonstração explícita de apoio à organização.
“Não somos terroristas… A Palestine Action tem o direito de existir. A proibição deve ser cancelada”, declarou Polly Smith, uma aposentada de 74 anos. As palavras dela reverberaram entre os manifestantes, enquanto um homem de 62 anos, identificado apenas como Nigel, compartilhou sua indignação: “É errado que nosso governo proíba uma organização assim. Deveríamos estar lutando para cessar o genocídio em Gaza, não para silenciar protestos”. Ironicamente, Nigel acabou detido, enquanto sua mensagem ecoava na multidão.
A Palestine Action foi inserida na lista de organizações terroristas do Reino Unido por conta de atos de vandalismo associados a seus membros, incluindo ataques a uma base aérea. Desde esse marco, movimentos como Defend Our Juries têm ganhado força, promovendo protestos contra o que consideram uma proibição desproporcional, algo que a ONU também critica.
Antes desta manifestação, mais de 800 pessoas já haviam sido detidas e 138 denunciadas por incitar ou apoiar uma organização considerada terrorista. Isso significa penas que podem chegar a seis meses de prisão para a maioria, enquanto os organizadores dos atos enfrentam até 14 anos de reclusão. Em um cenário paralelo, outra manifestação em apoio à Palestina lotou as ruas de Londres, atraindo milhares.
Essa batalha por direitos e liberdade de expressão continua a se desenrolar nas ruas britânicas. Qual é a sua opinião sobre a proibição da Palestine Action? Compartilhe nos comentários!