19 setembro, 2025
sexta-feira, 19 setembro, 2025

Protestos contra Macron levam centenas de milhares às ruas na França

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Na França, um clamor ressoou nas ruas em 18 de setembro, onde centenas de milhares de cidadãos se uniram em um coro de protestos para desafiar as medidas de austeridade propostas pelo novo primeiro-ministro, Sébastien Lecournu. A população, que busca uma mudança após a promessa de um governo que não se baseia em “imobilismo ou instabilidade”, acabou criando uma maré de insatisfação que ecoava por diversas cidades do país.

No final do dia, Lecournu reconheceu as “reivindicações” por justiça social e fiscal, destacando que estas estão no centro das discussões com líderes políticos e sindicais desde sua nomeação. Ele se comprometeu a manter um diálogo aberto e a se reunir novamente com as forças sindicais em breve, um passo que poderá determinar o futuro da relação entre o governo e a população.

De acordo com a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), cerca de um milhão de manifestantes se fizeram ouvir em todo o território francês, enquanto as autoridades estimaram o número em mais de 500 mil. A capital, Paris, testemunhou a presença de mais de 55 mil pessoas, um aumento significativo em relação aos 200 mil que participaram de protestos anteriores. Contudo, as manifestações foram marcadas por confrontos: 181 detenções foram registradas, incluindo agitações em Marselha e Rennes, onde a violência entre manifestantes e forças de segurança se intensificou.

Vários setores foram impactados pelo clima de tensão. Nas escolas, aproximadamente 15% dos professores aderiram à greve, e em várias universidades, bloqueios foram registrados. Os transportes também sofreram interrupções, embora não tenham ocorrido cancelamentos totais. A EDF, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica, informou redução significativa em sua produção, refletindo a gravidade da paralisação.

As centrais sindicais, como CFDT, CGT e outras, unificaram suas vozes enviando um alerta claro ao governo. Marylise Léon, da CFDT, enfatizou a necessidade de um orçamento que promova justiça fiscal e social. Entre os manifestantes estava Hervé Renard, um operário da construção civil, que expressou seu descontentamento com os sacrifícios impostos aos trabalhadores. Histórias de dificuldades diárias foram compartilhadas, revelando o impacto real das políticas econômicas na vida das pessoas comuns.

Os líderes sindicais anunciaram que se reuniriam novamente para traçar os próximos passos. Uma nova manifestação foi agendada, com o objetivo de colocar o primeiro-ministro frente às suas responsabilidades. A CGT declarou que a raiva dos manifestantes é legítima e crescente, deixando claro que a pressão sobre o governo só aumentará se as demandas continuarem sem resposta.

Este momento decisivo na França não é apenas uma luta contra medidas de austeridade, mas um apelo por um futuro mais justo e equitativo para todos. Como você se sente sobre as ações do governo francês? Participe da conversa e compartilhe sua opinião nos comentários abaixo.

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