Onda de manifestações demonstra a completa insatisfação da população peruana com a crise institucional que afeta o Peru; destituição da presidente Dina Boluarte intensificou ainda mais a instabilidade política
EFE / JOHN REYES MEJIA
Manifestantes seguram uma bandeira peruana durante um protesto nesta quarta-feira (15) em Lima, Peru
A capital peruana, Lima, foi palco de violentos protestos nesta quarta-feira (15), que resultaram na morte de uma pessoa e deixaram mais de 100 feridos. A onda de manifestações reflete a profunda insatisfação da população com a crise institucional e a crescente insegurança que afeta o país. Os manifestantes foram às ruas para denunciar a corrupção política, a impunidade e a deterioração das condições de segurança no Peru. A recente destituição da presidente Dina Boluarte, motivada pela insegurança, intensificou ainda mais a instabilidade política.
Os protestos se concentraram em áreas simbólicas de Lima, incluindo as proximidades do Congresso. Os manifestantes tentaram romper barreiras e bloqueios policiais, o que levou a um confronto direto com as forças de segurança. Relatos indicam que a polícia utilizou gás lacrimogêneo e armas de fogo para conter a multidão.
Até o momento, foi confirmada a morte de um jovem, com idade entre 25 e 35 anos. Entre os mais de 100 feridos, muitos foram atingidos por balas perdidas e sofreram os efeitos do gás lacrimogêneo. Organizações de direitos humanos questionam a conduta das forças de segurança, denunciando o uso excessivo de força, prisões arbitrárias e agressões a jornalistas que cobriam o evento.
Posição do Governo O governo peruano reconheceu oficialmente o incidente, mas evitou fornecer mais detalhes. Uma investigação foi aberta para apurar as circunstâncias da morte e identificar os responsáveis pelos disparos. Enquanto isso, o novo governo, agora sob o comando de José Jerí até as eleições previstas para 2026, enfrenta o desafio de conter a escalada de violência.
*Com informações de Eliseu Caetano
*Reportagem produzida com auxílio de IA