No dia 4 de agosto, o Ministério nepalês da Comunicação e Tecnologias da Informação anunciou o bloqueio de 26 plataformas de redes sociais, incluindo gigantes como Facebook, YouTube e LinkedIn. Essa medida drástica foi imposta porque essas empresas não se registraram conforme as exigências locais, uma determinação que remonta a uma decisão da Suprema Corte do Nepal, proferida em 2023.
O descontentamento popular explodiu em protestos em Katmandu, a capital do Nepal. Na segunda-feira, 8 de agosto, as ruas foram palco de uma manifestação em massa, onde pelo menos 17 pessoas perderam a vida e cerca de 400 ficaram feridas. A polícia, tentando dispersar os manifestantes que buscavam chegar ao Parlamento, respondeu com força excessiva: gás lacrimogêneo, jatos de água e até munição letal foram utilizados para manter a ordem.
A ONU se manifestou rapidamente sobre os acontecimentos, exigindo uma investigação “transparente” após as violentas repressões. A porta-voz do escritório da ONU para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, fez um apelo urgente para que a verdade emergisse diante da tragédia. A situação se agravou quando os manifestantes tentaram ultrapassar o cordão de segurança que isolava o Parlamento, revelando a crescente insatisfação com a corrupção e a falta de liberdade de expressão.
Com o bloqueio, aqueles que ainda utilizam plataformas como o TikTok têm inundado as redes com vídeos expondo os ostentosos estilos de vida dos filhos de políticos. Essa resistência digital surge como um grito por transparência e justiça em meio ao caos. O governo havia imposto um prazo de sete dias para que as plataformas se registrassem e designassem representantes locais, mas a falta de resposta apenas intensificou a crise.
Esses eventos alarmantes nos lembram do poder das redes sociais como um meio de resistência e de voz para o povo. O que você pensa sobre a situação no Nepal? Compartilhe sua opinião nos comentários e engrandeça esta conversa sobre liberdade e justiça!