30 julho, 2025
quarta-feira, 30 julho, 2025

PT pede que MPSP investigue indícios de fraude nas câmeras da PM

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Em um desdobramento preocupante, o deputado estadual Paulo Fiorilo (PT) convocou o Ministério Público de São Paulo (MPSP) a investigar um esquema de fraude nas gravações das câmeras corporais da Polícia Militar (PM). As suspeitas surgem após revelações do Metrópoles que expõem não apenas a corrupção no sistema, mas também como a confiança pública pode estar em risco.

No ofício enviado ao Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (Gaesp), Fiorilo destaca a seriedade das alegações e pede a apuração de práticas como fraude processual e supressão de documentos públicos. Ele enfatiza que a credibilidade das instituições de segurança depende da existência de controles efetivos e da integridade das provas digitais em situações críticas.

Entre as denúncias mais chocantes está a exclusão de uma gravação fundamental relacionada à morte de Joselito dos Santos Vieira, em março de 2024. A major envolvida na ocorrência teria deletado o vídeo, não antes de adulterar informações cruciais, como a data e o nome do policial, para evitar rastreamento.

“A integridade e autenticidade dos registros audiovisuais são essenciais”, afirma Fiorilo, referindo-se às normas vigentes que proíbem modificações nos arquivos das câmeras. As normas não apenas garantem a preservação da cadeia de custódia, mas são fundamentais para a transparência e a proteção dos direitos fundamentais, especialmente em ações policiais letais.

Um ex-policial militar, Bruno Dias, destacou em entrevista ao Metrópoles que o sistema utilizado é facilmente manipulável. “Você pode apagar vídeos, alterar a autoria e até modificar a data e hora dos registros. Isso torna a localização de provas extremamente complexa, comprometendo a legitimidade das evidências”, disse ele, ressaltando a gravidade da situação.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) respondeu a essas alegações, afirmando que uma sindicância está em andamento para investigar o caso a fundo. Em nota, reafirmaram seu compromisso com a legalidade e a transparência, advertindo que qualquer conduta incompatível com os valores da instituição será severamente punida.

Por fim, apesar dos esforços da SSP, a major Adriana, citada nas denúncias, não se pronunciou até o momento. As perguntas ficam no ar: até onde vai a proteção ao cidadão? E como garantir a integridade das instituições de segurança pública se métodos fraudulentos continuam a surgir? O que você pensa sobre isso? Deixe sua opinião nos comentários!

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