2 setembro, 2025
terça-feira, 2 setembro, 2025

Publicitário agredido por policiais na frente do filho: “Tive medo”

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Era uma tarde qualquer, e Diego Torres Machado de Campos, um publicitário de 42 anos, se preparava para um momento de lazer com seu filho de apenas 5 anos, Tito. A intenção era simples: um passeio no Parque da Cidade. No entanto, o que deveria ser um dia tranquilo se transformou em um pesadelo que ficaria marcado na memória de ambos.

Enquanto dirigia pela faixa da esquerda do Eixão Norte, Diego foi abruptamente surpreendido por um carro preto que, sem sinalizar, se meteu à sua frente. O susto foi imediato; o motorista do outro veículo freou sem aviso, gerando um leve contato entre os carros. “Fiquei assustado, achei que era algum doido. O carro não parecia uma viatura”, relembra Diego, que, preocupado com a segurança, decidiu acelerar e se afastar.

O que ele não esperava era que o suposto condutor poderia ser um policial. Uma busca frenética se iniciou, e o carro preto começou a persegui-lo, quase o empurrando para fora da pista. Ouvir a sirene foi um alívio momentâneo, mas a incerteza persistia: “Não sabia se era deles, não tinha identificação alguma”, desabafa. Ao alcançar um local que parecia seguro, a realidade cruel logo se impôs.

A abordagem policial foi brutal. Mesmo sem resistência, Diego foi derrubado, imobilizado e pressionado contra o chão, com o rosto esmagado pelo peso da força policial que deveria proteger a sociedade. Enquanto isso, seu filho, impotente dentro do carro, assistia à cena, angustiado e chorando pela presença do pai. “Pedi ajuda, disse que meu filho estava lá dentro, mas fui colocado na viatura mesmo assim”, lamenta.

Após a abordagem, Diego foi levado para a Delegacia da Criança e do Adolescente e, em seguida, à 5ª DP, enfrentando acusações de acidente de trânsito e evasão do local. Exames subsequentes revelaram hematomas e escoriações, evidências de uma brutalidade desnecessária. “Foi um total abuso por parte dos agentes. Fiquei com medo. Em nenhum momento resisti. Só queria proteger meu filho e entender o que estava acontecendo”, conta com a voz embargada.

Imagens da violência e vídeos gravados por testemunhas refletem a cena: um policial desferindo socos contra Diego, que permanece rendido e sem reação. Enquanto os agentes protagonizavam essa cena de terror, a criança dentro do carro, perdida e assustada, clamava pela atenção dos policiais, ignorado em sua angústia.

“Ele [Diego] encostou no carro. Foi só um arranhão”, disse uma testemunha que presenciou a abordagem excessiva. A cena de brutalidade, segundo depoimentos, era desproporcional ao incidente. O sofrimento de uma criança inocente, abandonada à própria sorte em meio ao caos, ecoa e ressoa nas palavras de sua mãe, que chegou ao local buscando segurança para seu filho e foi recebida com a mesma brutalidade que assombrava a situação.

“Me ligaram do celular dele falando que o Tito estava sozinho, muito assustado. Chegando lá, o policial me abordou e eu só queria ver meu filho primeiro. Encontrei o Tito com outras pessoas desconhecidas, que me disseram que o pai foi arrancado do carro, espancado e preso”, desabafa a mãe do menino.

Esta história não é apenas sobre um acidente de trânsito; é um retrato do medo, da violência e da impunidade. Em que ponto a proteção se transforma em agressão? O que você pensa sobre isso? Deixe seu comentário e participe dessa discussão vital.

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