Em um marco significativo para as dinâmicas geopolíticas atuais, o presidente da China, Xi Jinping, deu as boas-vindas a Vladimir Putin e Narendra Modi na cidade portuária de Tianjin. Esta reunião da Organização para Cooperação de Xangai (OCX) não é apenas um encontro protocolar; é o testemunho de uma nova era em que quase 20 líderes da Europa e Ásia se reúnem para esboçar uma alternativa à governança global tradicional.
O evento, que se estende até segunda-feira, representa um significativo contrapeso à OTAN. Com um bloco que abriga quase metade da população mundial e uma fração essencial do PIB global, a OCX se configura como um espaço estratégico. Membros como Rússia, Índia, Paquistão, Irã, e outros, visam compartilhar interesses e promover uma nova ordem multilateral.
Neste contexto, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, fez sua primeira visita à China desde 2018. Em sua conversa com Xi, Modi enfatizou o desejo de relações baseadas em confiança mútua e respeito. No entanto, a rivalidade histórica entre Índia e China, junto com recentes confrontos na fronteira, é um pano de fundo que não pode ser ignorado.
O clima de reaproximação começou em outubro, quando Modi e Xi se encontraram pela primeira vez em cinco anos, destacando a interdependência de 2,8 bilhões de pessoas. As conversações bilaterais em Tianjin contaram com um forte esquema de segurança e uma mobilização intensa na cidade, permeada por cartazes que exaltavam conceitos como benefício mútuo e igualdade.
Analistas apontam que tanto Pequim quanto Moscou estão priorizando plataformas como a OCX, especialmente diante da crescente tensão com os Estados Unidos e Europa. A busca por uma nova ordem internacional, que promete ser mais democrática e menos dominada por potências ocidentais, está em pleno desenvolvimento.
Com a presença de líderes como Recep Tayyip Erdogan e Masoud Pezeshkian, a cúpula se destaca como um dos maiores encontros da OCX desde sua criação em 2001. Putin também planeja discutir questões críticas, como o conflito na Ucrânia e o programa nuclear iraniano, em reuniões que reforçam a importância da OCX na esfera global.
A poucos dias de um desfile militar em Pequim, onde até o líder norte-coreano Kim Jong Un marcará presença, o evento solidifica a relevância da OCX. A dinâmica do poder mundial está claramente mudando, e todos os olhos estão voltados para as implicações que essas alianças trarão no futuro.
Quais são suas impressões sobre essa nova configuração geopolítica? Acredita que a OCX pode realmente desafiar as estruturas tradicionais de poder? Compartilhe sua opinião nos comentários!