Um a um, os pilares da Justiça no Maranhão abalam-se diante de graves acusações. O Ministério Público Federal decidiu dar um passo audacioso, denunciando quatro desembargadores e dois juízes do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) em uma trama que parece ter sido orquestrada nos bastidores da justiça. Conhecida como Operação 18 Minutos, essa investigação da Polícia Federal expôs um esquema de corrupção que poderia ter desviado cerca de R$ 50 milhões.
Os desembargadores Antonio Pacheco Guerreiro Júnior, Luiz Gonzaga Almeida Filho, Marcelino Everton Chaves e Nelma Celeste Sousa Silva Sarney Costa, cunhada do ex-presidente José Sarney, estão no centro da tempestade. Junto a eles, também foram acusados os juízes Alice de Souza Rocha e Cristiano Simas de Souza, além de treze advogados, três ex-assessores do Tribunal, um ex-deputado federal e o prefeito Fred Campos, de Paço do Lumiar.
Ao longo de dez anos, a investigação revelou que juízes e advogados de um grupo restrito teriam formado uma organização criminosa capaz de fraudar emissões de alvarás, principalmente contra o Banco do Nordeste. Movimentações suspeitas em saques de alvarás totalizando R$ 14 milhões levantaram bandeiras vermelhas, levando a Procuradoria a solicitar a perda dos cargos de três desembargadores e dois juízes, além da cassação da aposentadoria de um deles.
Um momento que exemplifica a rapidez e a sutileza da corrupção foi quando, em apenas 18 minutos, um alvará judicial resultou em um saque de R$ 14,1 milhões. Outro saque, de R$ 3,4 milhões, também despertou a atenção das autoridades. Essa agilidade, no entanto, não passou despercebida, e a operação, ativada em 14 de agosto de 2024 pelo ministro João Otávio de Noronha, revela a fragilidade de um sistema que deveria proteger a sociedade.
As ramificações dessa operação continuam a se desdobrar enquanto a sociedade aguarda as consequências dessa denúncia. O que você acha sobre essa situação alarmante? Deixe seu comentário e participe dessa discussão importante!
