No coração de Brasília, o prestigiado B Hotel, que costumava receber hóspedes ilustres como delegações esportivas, agora carrega o peso de um escândalo envolvendo seu ex-gerente geral, Alfredo Stefani Neto. Com 64 anos e mais de três décadas de experiência na hotelaria, Alfredo foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por ofensas e discriminação contra funcionários entre 2022 e 2025.
Natural de São Paulo, Alfredo é formado em design industrial e direito, com especializações na área de hospitalidade. Seu currículo impressionante inclui passagens por resorts e pousadas de luxo. Contudo, o que deveria ser uma carreira respeitável foi manchado por acusações de comportamento discriminatório, levando seu afastamento e subsequente demissão em abril deste ano.
As alegações mais graves contra ele envolvem incidentes de racismo e homofobia. A Justiça já aceitou a denúncia, tornando-o réu em um caso que envolve ao menos nove vítimas. As investigações revelaram que Alfredo utilizou termos pejorativos, chamando funcionários e hóspedes de nomes ofensivos em situações constrangedoras e humilhantes.
Em um dos episódios reportados, ele ofendeu um empregado com comentários como “bichona”, e se referiu ao público LGBTQIA+ em tom depreciativo, afirmando que “esses viados não vão embora”.
As investigações feitas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação revelaram um ambiente de trabalho tóxico e opressor, onde o respeito e a dignidade dos funcionários foram severamente comprometidos. O MPDFT está solicitando uma indenização mínima de R$ 5 mil às vítimas, uma medida que reflete a seriedade das acusações baseadas na infração de racismo e homotransfobia.
Com o Tribunal de Justiça do DF pronto para levar o caso a julgamento, Alfredo pode enfrentar uma pena de até 10 anos de prisão se condenado. Em um momento em que a sociedade clama por respeito e igualdade, o desfecho dessa história poderá servir como um importante marco no combate à discriminação em ambientes de trabalho.
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