1 novembro, 2025
sábado, 1 novembro, 2025

Quem é o médico condenado após “cirurgia X-Tudo” em paciente de SC

Compartilhe

2 imagens

Médico Marcelo Evandro dos Santos, condenado a cinco anos após lesão corporal

1 de 2

Letícia Mello, influenciadora que teve 30% do corpo queimado após procedimento estético

Reprodução/ @eusouleticiamello

2 de 2

Médico Marcelo Evandro dos Santos, condenado a cinco anos após lesão corporal

Reprodução/Instagram

A história de Marcelo Evandro dos Santos, um cirurgião plástico da capital catarinense, tomou grandes proporções após sua condenação a cinco anos de prisão em regime semiaberto, resultante de um erro médico que causou graves queimaduras em sua paciente, a neuropsicopedagoga Letícia Mello. Com 30% do corpo queimado após um procedimento estético, Letícia se tornou um símbolo de resistência e determinação em busca de justiça.

O caso de Letícia não é isolado. O Procon de Santa Catarina aponta que Marcelo acumula três processos administrativos por diferentes reclamações de pacientes insatisfeitos, todos sem resolução, e já inscritos em dívida ativa. Apesar de ter mais de 36 mil seguidores nas redes sociais e se autodenominar especialista em procedimentos de cirurgias estéticas, sua reputação está severamente comprometida.

Após a condenação, o Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC) reitera a interdição cautelar que impede o médico de exercer sua profissão. Além disso, Marcelo enfrenta um processo na Corregedoria do CRM. Historicamente, ele também foi implicado na morte de uma paciente em Curitiba, em 2012. Essa soma de situações levanta questionamentos sobre sua prática médica e a segurança na área estética.

A situação crítica enfrentada por Letícia após o chamado procedimento “X-Tudo” levou-a a compartilhar sua experiência nas redes sociais. Durante cerca de 20 dias sob os cuidados de Marcelo, ela sofreu complicações que a obrigaram a se submeter a mais seis cirurgias corretivas. Em um emotivo desabafo, afirmou: “Eu descobri que o que aconteceu comigo realmente foi muito grave, mas não tinha sido só comigo.” Sua coragem em se manifestar contribuiu para alertar outros sobre os riscos envolvidos em intervenções estéticas.

“Eu fiquei 20 dias praticamente ‘necrosada’ sob os cuidados médicos de um cidadão. Depois desses 20 dias, eu fui encaminhada para uma outra equipe médica, com a qual passei por seis procedimentos cirúrgicos para poder estar viva.”

A defesa de Marcelo, por sua vez, procurou ressaltar que o médico não teve a oportunidade de exercer seu direito ao contraditório, alegando que não foi permitida a realização de perícia médica por especialistas de sua área. Em sua argumentação, os advogados mencionaram um laudo independente que apontou diversas falhas técnicas. Além disso, ressaltaram que a paciente apresentava um fator genético que pode ter levado às complicações.

A defesa do médico destaca que, apesar da condenação, Marcelo não possui antecedentes e é um especialista registrado em Cirurgia Plástica pela Universidade Federal de Santa Catarina, atuando em conformidade com padrões e regulamentações. O caso agora tramita sob segredo de justiça, com alegações de violações ao sigilo judicial sendo investigadas.

Diante de um cenário tão complexo, a história de Letícia Mello e Marcelo dos Santos nos lembra da importância da responsabilidade e da ética na medicina. Quais são os limites que devem ser respeitados quando falamos sobre saúde e estética? Pare e reflita: você se sentiria seguro ao se submeter a um procedimento estético? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você