
A história da Holanda está prestes a ser reescrita. Rob Jetten, o carismático líder do partido social-liberal Democratas 66 (D66), está a um passo de se tornar o mais jovem primeiro-ministro da nação, aos apenas 38 anos. Sua ascensão não é apenas um feito pessoal, mas um marco significativo que representa uma mudança crucial no cenário político do país, especialmente após sua vitória nas eleições parlamentares antecipadas sobre a extrema-direita de Geert Wilders.
Nascido em 1987 em Uden, Jetten construiu uma trajetória impressionante. Formado em Administração Pública pela Universidade Radboud, ele deu seus primeiros passos como consultor na ProRail, agência responsável pela rede ferroviária holandesa. Sua carreira política começou localmente, como membro do conselho municipal de Nijmegen entre 2010 e 2017, antes de ganhar notoriedade nacional ao ser eleito para a Câmara dos Representantes em 2017, onde rapidamente se tornou o mais jovem líder parlamentar do D66.
O ponto de virada na sua carreira veio em 2022, quando foi nomeado Ministro do Clima e Energia. Durante seu mandato, ele liderou o maior pacote de investimentos climáticos da história holandesa, além de implementar um plano estratégico para encerrar a importação de gás natural liquefeito da Rússia. Sua habilidade de navigar em tempos tumultuados culminou em 2024, quando acumulou os cargos de vice-primeiro-ministro e Ministro das Finanças.
A antecipação das eleições ocorreu após o colapso de uma coalizão de direita marcada por disputas internas. Nessa atmosfera polarizada, Jetten lançou uma campanha marcada por uma mensagem de esperança e colaboração, ecoando o famoso “Yes, we can” de Barack Obama. Em contrapartida, rejeitou qualquer aliança com a retórica divisiva de Wilders. Essa vitória estreita foi vista como um bastião contra a onda populista na Europa, com Jetten afirmando: “Demonstramos ao resto da Europa e ao mundo inteiro que é possível derrotar os movimentos populistas”.
Agora, Jetten enfrenta o desafio de formar um governo de coalizão em um parlamento fragmentado, mas suas perspectivas são promissoras, visto que a maioria dos partidos rejeita qualquer aliança com a extrema-direita. Suas pautas incluem o combate à crise imobiliária, com a proposta ousada de construir dez novas cidades, além de priorizar investimentos em educação e fortalecer uma agenda ambiental pró-União Europeia. Como o primeiro premiê abertamente gay do país, seu papel também simboliza um firme compromisso com os direitos civis, sinalizando um retorno a uma Holanda centrada e integrada à Europa.
A jornada de Rob Jetten está apenas começando. Você está pronto para acompanhar essa nova era na política holandesa? Compartilhe sua opinião nos comentários!