25 julho, 2025
sexta-feira, 25 julho, 2025

“Rainha do Pó” é condenada mais uma vez mesmo após anulação de provas

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Fachada do Superior tribunal de justiça - STJ

Karine de Oliveira Campos, mais conhecida como “Rainha do Pó”, reencontrou a luz dos holofotes da Justiça Federal, mas sob um novo fardo. Apesar de um recente revés no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que anulara certas provas relativas ao seu caso, a juíza da Justiça Federal de Santos não hesitou em condená-la novamente. A acusação? Integrar um audacioso esquema de tráfico internacional de drogas, sendo apontada como a principal responsável pela exportação de cocaína através do Porto de Santos.

O juiz responsável, Roberto Lemos dos Santos Filho, impôs uma pena de 4 anos e 8 meses de reclusão, em regime semiaberto, e uma multa de 1.088 dias, baseada no salário mínimo vigente na época dos fatos. Essa nova condenação surge a partir do crime de associação de pessoas para o tráfico, com a pena aumentada devido à transnacionalidade da atividade criminosa.

Curiosamente, no mesmo despacho, Karine foi absolvida de outras charges, graças a uma decisão anterior do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que impossibilitou uma nova condenação pelos mesmos atos. Outras quatro pessoas, ligadas ao esquema que ela liderava, também enfrentaram condenações por parte do juiz.

O caminho de Karine na Justiça tem sido uma verdadeira montanha-russa. Antes dessa nova condenação, um mandado de prisão contra ela foi revogado pelo STJ, sob a alegação de irregularidades em uma ação de busca e apreensão realizada na Operação Alba Vírus, que visava capturar o grupo criminoso sob seu comando. A busca em uma imobiliária de Balneário Camboriú foi considerada inválida, resultando na proibição do uso das evidências coletadas e cancelamento do mandado de prisão até a conclusão do processo.

As defesas de Karine têm se mobilizado, buscando anular ainda mais provas do processo, argumentando que as decisões do STJ deveriam levar à eliminação de todas as informações derivadas das provas anuladas. O juiz, por outro lado, destacou que não havia novos elementos a serem considerados desde a irregularidade da busca em 2019, classificando as alegações da defesa como meramente informativas e não como novas evidências.

Desde 2011, quando se tornou alvo de investigações pela primeira vez, a Rainha do Pó tem se desdobrado nas sombras da lei. Ela foi central em diversas operações da Polícia Civil e da Polícia Federal, sendo associada ao tráfico de mais de 6 toneladas de cocaína destinadas à Europa, com um faturamento próximo a R$ 1 bilhão sendo alcançado pelo seu grupo. A saga de Karine é um exemplo gritante da batalha incessante contra o tráfico internacional de drogas, levantando questões sobre a eficácia das operações de combate ao crime organizado.

E você, o que pensa sobre os desdobramentos desse caso? A justiça está realmente sendo feita? Deixe sua opinião nos comentários!

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