4 setembro, 2025
quinta-feira, 4 setembro, 2025

Reag encerra conselho consultivo após renúncia generalizada de membros

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Na noite de quarta-feira (3/9), a Reag Capital Holding anunciou ao mercado a extinção de seu conselho consultivo, uma decisão que se seguiu a uma renúncia coletiva de seus membros. Este órgão tinha como função assessorar o Conselho de Administração, mas, diante da situação, ficou inviável sua continuidade. Agora, as atribuições anteriormente assumidas pelo conselho consultivo serão reassumidas pelo Conselho de Administração.

Recentemente, a Reag Investimentos foi alvo da Operação Carbono Oculto, uma ação coordenada pela Receita Federal para desmantelar um sofisticado esquema de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e envolvendo fintechs e fundos de investimento conhecidos na Faria Lima. Apesar do contexto tumultuado, a Reag se posiciona como uma das maiores gestoras independentes do Brasil, com R$ 299 bilhões sob sua administração, e é responsável pelo cinema Belas Artes, recentemente rebatizado como Reag Belas Artes.

Paralelamente, a Reag também está em negociações para a venda do controle da Reag Investimentos. A empresa informou que está em contato com potenciais interessados, embora não tenha revelado nomes. O comunicado destaca que as tratativas estão repletas de questões confidenciais, sem garantia de que resultarão em um acordo formal. O cenário é delicado, uma vez que a complexidade das negociações ainda não tem um cronograma ou estrutura definidos.

A Operação Carbono Oculto vai além, abordando a cadeia de combustíveis e revelando como o crime organizado tentava esconder seu patrimônio. Com a ajuda de fintechs, grupos criminosos implantaram um esquema que permitia ocultar recursos de origem ilícita, desta forma aumentando seus lucros em detrimento dos consumidores. De acordo com a Receita Federal, o uso desses novos meios tecnológicos maximizou a dissimulação dos recursos, permitindo movimentações em larga escala, mas sem fácil rastreamento.

Os investigadores descobriram que foram utilizados ao menos 40 fundos de investimento, cujo patrimônio totaliza cerca de R$ 30 bilhões, todos ligados ao PCC. Esses fundos, principalmente fechados e com único cotista, foram essenciais na camuflagem dos bens adquiridos, que incluem um terminal portuário e mais de 1.600 caminhões de transporte.

A Reag, por sua vez, enfatiza que não está envolvida em atividades ilegais e que muitos dos fundos investigados nunca estiveram sob sua administração. A empresa defende seus procedimentos internos rigorosos para prevenir e combater a lavagem de dinheiro, alegando que sempre atuou de forma regular e diligente. Além disso, a Reag destaca sua total colaboração com as autoridades durante a operação.

Com um futuro incerto e um mercado em constante mutação, as movimentações da Reag Capital Holding nos próximos passos são fundamentais. O que você acha dessas reviravoltas no setor? Compartilhe suas opiniões e reflexões nos comentários abaixo!

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