Neste domingo, os rebeldes houthis, que contam com o apoio do Irã, perpetraram uma invasão aos escritórios do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Sanaa, capital do Iémen. Essa ação ousada ocorreu logo após o assassinato do primeiro-ministro do grupo e membros de seu gabinete, em um ataque atribuído a Israel. O clima de tensão na região aumenta à medida que a violência se intensifica.
Abeer Etefa, porta-voz do PMA, denunciou a detenção de vários funcionários durante a invasão, chamando a abordagem das forças de segurança de “inaceitável”. Pelo menos um membro da equipe foi confirmado como preso em Sanaa, enquanto outros estão sob detenção em diferentes partes do país, segundo relatos de autoridades locais.
Informações revertidas de um funcionário da ONU e um oficial houthi, que optaram por permanecer anônimos, indicam que os escritórios do Unicef também foram invadidos. A comunicação com diversos colegas do PMA e da Unicef foi cortada, uma prova da gravidade da situação. Ammar Ammar, porta-voz da Unicef, confirmou as prisões e disse que a agência está buscando mais informações junto aos houthis.
Essas invasões não são um incidente isolado. Elas refletem uma escalada na repressão dos houthis contra agências da ONU e organizações internacionais no Iémen. Nos últimos meses, o grupo já havia detido dezenas de funcionários, incluindo colaboradores de ONGs e até trabalhadores da Embaixada dos Estados Unidos, que atualmente se encontra fechada em Sanaa. Vale lembrar que, em janeiro, a ONU suspendeu suas operações em Saada, reduto houthi, após a prisão de oito de seus profissionais.
A situação se complica a cada dia, e o futuro da ajuda humanitária no Iémen se torna cada vez mais incerto. O que você acha que pode ser feito para defender os direitos e a segurança desses trabalhadores humanitários? Compartilhe suas ideias nos comentários!