Recentemente, em meio a tensões comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou sua defesa do Pix, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central. Durante uma entrevista à Rádio CBN, ele afirmou que criticar o Pix é o mesmo que insistir na utilização de um telefone fixo ao invés de um celular. Para Haddad, caracterizar esse meio de pagamento como uma ameaça é, no mínimo, irracional.
A crítica ao sistema vem no contexto de uma investigação lançada pelo governo de Donald Trump contra o Brasil, que inclui, entre outros pontos, o funcionamento do Pix. Este movimento comercial surgiu após a imposição de tarifas adicionais de 50% sobre produtos brasileiros, justificadas por razões políticas, especialmente em relação a processos judiciais envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro enfrenta sua própria tempestade política ao pleitear sanções contra autoridades brasileiras nos EUA, em um cenário onde busca anistia para aqueles envolvidos em episódios controversos no Brasil. Segundo Haddad, a pressão exercida pela família Bolsonaro demonstra uma tentativa de desacreditar um sistema judiciário que funciona.
Para Haddad, o Brasil mantém boas relações com diversas nações e não deve se deixar intimidar por provocações infundadas. Ele também descartou a possibilidade de que o país seja excluído dos sistemas internacionais de pagamentos devido ao Pix, comparando essa situação com o que ocorreu com a Rússia durante seu conflito atual. Essas ações extremas, concluiu o ministro, não têm correlação com a eficácia do sistema de pagamentos brasileiro.
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