22 agosto, 2025
sexta-feira, 22 agosto, 2025

Redução da desigualdade de renda depende da tributação de super rico, diz Fazenda

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Vista de uma favela e ao lado prédios de luxo

A luta contra a desigualdade de renda no Brasil se tornou uma prioridade, e o Ministério da Fazenda acredita firmemente que a solução passa pela taxação dos super-ricos. Em uma coletiva de imprensa, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, enfatizou que as reformas propostas, incluindo a tributação de fundos fechados e contas offshore, são essenciais para corrigir distorções que perpetuam a desigualdade. Segundo ele, uma combinação dessas medidas é fundamental para promover uma progressividade real no sistema tributário do país.

Atualmente, a proposta de reforma do Imposto de Renda está sendo avaliada no Congresso e enfrenta resistências de muitos parlamentares, que rejeitam não apenas essa proposta, mas também medidas recentes como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a uniformização da alíquota de IR para aplicações financeiras. Mello alertou que uma reforma fiscal que não considere a tributação dos mais ricos pode acabar sendo regressiva, intensificando a concentração de renda em vez de reduzir.

“O que precisamos é garantir que a carga tributária sobre os super-ricos seja mantida, pois isso é crucial para a progressividade da reforma”, afirmou Mello. Ele também ressaltou que o objetivo não é necessariamente aumentar a arrecadação do governo, mas sim recalibrar o sistema, aproximando-o à estrutura de tributação de países desenvolvidos. Essa transformação é vital para assegurar uma distribuição de renda mais justa e equitativa.

A subsecretária de Política Fiscal da SPE, Débora Freire, concordou que a reforma é a única esperança viável de reduzir a desigualdade, especialmente em uma sociedade onde as camadas mais vulneráveis já recebem ampla proteção social. “Qualquer progresso na redução da desigualdade é valioso. É fundamental focar nos extremos da distribuição de renda para que possamos efetivamente mudar o cenário atual”, disse Freire.

O coordenador-geral de Estudos Fiscais e Socioeconômicos da SPE, Rafael de Acypreste, por sua vez, destacou os desafios que o Brasil enfrenta. “Reduzir a desigualdade em um dos países mais desiguais do mundo é uma tarefa colossal. Cada pequeno avanço conta, mas requer um esforço significativo”, comentou, reforçando a importância da compreensão e apoio do Congresso Nacional ao tema.

Com um panorama desafiador, a mobilização para promover a justiça tributária nunca foi tão necessária. O que você pensa sobre a tributação dos super-ricos no Brasil? Compartilhe suas ideias e participe dessa discussão crucial para o nosso futuro!

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