
Na Bahia, um marco significativo na educação e inovação acaba de acontecer: o registro da primeira patente em coautoria entre uma escola da rede estadual e uma universidade pública. Este feito, reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), é fruto da colaboração entre o Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) de Araci e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
O projeto, intitulado “Bioplástico Biodegradável com Resistência Térmica à Base de Agave sisalana”, é uma iniciativa das ex-estudantes Sarah Moura e Isabel Oliveira, sob a orientação da professora Pachiele da Silva. Utilizando o sisal, planta típica da região semiárida, as jovens desenvolvem um material inovador que visa substituir plásticos derivados do petróleo, oferecendo uma alternativa sustentável e de resistência térmica.
A concessão da patente é um reflexo da nova Lei da Educação Científica, conhecida como PopCiência Bahia, que promove pesquisas desde a educação básica e é apoiada pelas Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e da Educação (SEC). Este projeto destaca a importância de valorizar o conhecimento local e incentiva o desenvolvimento de soluções práticas para problemas cotidianos.
Rowenna Brito, secretária estadual de Educação, celebra essa conquista: “A Bahia demonstra como o incentivo à ciência pode transformar vidas e beneficiar toda a sociedade.” Para ela, aumentar o número de patentes registradas e valorizar o protagonismo dos estudantes são passos essenciais na educação científica.
A reitora da UFRB, Georgina Gonçalves, também frisa a relevância do feito: “Este é um acontecimento inédito que ressalta a força da colaboração entre universidades e escolas públicas. A inovação trazida pela patente fortalece a formação científica e promove um desenvolvimento social mais justo e inclusivo.”
A professora Pachiele complementa, enfatizando que o resultado reflete a união de diferentes instituições e a valorização da pesquisa no ambiente escolar. A mentoria técnica do INPI e as iniciativas da SEC foram fundamentais para o sucesso do projeto, que provou que a pesquisa pode prosperar fora dos limites acadêmicos tradicionais.
Sarah expressa sua emoção: “Ver nossa ideia se transformar em uma patente é um grande orgulho. Isso mostra que as inovações podem surgir em qualquer lugar, até mesmo nas escolas públicas.”
Para impulsionar mais inovações, a Secti lançou o Edital Clubes de Ciência, com um investimento de R$ 8 milhões, que selecionará 400 professores para coordenar clubes de ciências nas escolas. A Trilha da Inovação, que será implantada junto aos clubes, conectará a produção estudantil ao empreendedorismo, promovendo uma cultura de patentes e valorizando as criações dos estudantes.
André Joazeiro, secretário da Secti, observa que esse registro representa uma nova era para jovens cientistas nas escolas públicas baianas. “Nossos estudantes estão prontos para inovar e transformar suas realidades, e a implementação de 270 laboratórios maker nas escolas será crucial para fomentar ainda mais essa cultura de inovação.”
Estamos prestes a viver uma revolução na educação e na pesquisa no estado. Compartilhe essa história inspiradora e conte-nos o que você acha sobre a importância da tecnologia e da inovação nas escolas. Junte-se à conversa!