No tumultuado cenário do conflito israelense-palestino, um novo acordo de cessar-fogo foi mediado pelos Estados Unidos, prometendo pôr fim a dois anos de hostilidades. Contudo, a relatora especial da ONU para os Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, Francesca Albanese, apresentou críticas contundentes a esse plano. Em sua visão, o acordo não é apenas “absolutamente inadequado”, mas uma afronta ao direito internacional, considerando a grave situação de genocídio enfrentada pelo povo palestino.
Embora o acordo vise a libertação de reféns e a reconstrução da devastada Faixa de Gaza, Albanese argumenta que essas ações são apenas uma solução superficial. Em suas declarações, feitas em uma coletiva de imprensa na África do Sul, ela ressaltou a urgência de abordagens mais abrangentes, como o fim da ocupação e a exploração dos recursos locais. “Não é uma guerra, é um genocídio”, enfatizou, sublinhando a intenção de apagar uma identidade cultural e um povo.
Israel, por sua vez, refuta essas acusações, alegando que são “distorcidas e carregadas de antissemitismo”. Neste contexto, a África do Sul tomou medidas ao apresentar uma ação judicial contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, alegando genocídio. Enquanto isso, Albanese, que está sob sanções dos EUA por suas declarações, planeja entregar um novo relatório à ONU que, segundo fontes, indicará a cumplicidade de países ocidentais com Israel ao fornecer apoio militar e econômico.
Albanese não hesitou em criticar o papel dos Estados Unidos e de Israel, os descrevendo como líderes de um genocídio em Gaza, apontando também para um colapso do sistema multilateral frente às ameaças direcionadas a juízes e instituições que buscam justiça. Além disso, ela desafiou as narrativas sobre uma solução de dois Estados, considerando-as como meras ilusões quando o foco deveria estar em como interromper o genocídio. Para Albanese, os países que mantêm relações com Israel são em parte responsáveis pelas ações do Estado hebreu.
O tema é crucial e instiga debate. O que você pensa sobre o papel da comunidade internacional neste conflito? Vamos discutir nos comentários!