Em uma noite marcada pela frustração, o Fluminense se despediu da Copa Sul-Americana após um empate de 1 a 1 com o Lanús, no Maracanã. A queda do time nas quartas de final resultou na demissão de Renato Gaúcho. Contratado em abril deste ano, seu aproveitamento foi de 59% em 40 partidas, com 21 vitórias, oito empates e 11 derrotas.
Após o apito final, Renato não escondeu seu desgosto: “Entreguei meu pedido de demissão. Quero ver quem virá para escalar o time que o torcedor deseja”. A pressão da torcida foi palpável, e ele não hesitou em se manifestar sobre as críticas recebidas, incluindo os ofensas nas arquibancadas e nas redes sociais. “Estou vacinado no futebol e sei da minha capacidade, mas hoje em dia todos se sentem treinadores”, desabafou.
As redes sociais, segundo ele, têm moldado um novo cenário, onde as derrotas trazem apenas críticas. “O futebol está caminhando para um fim. Hoje, é uma guerra de opiniões e, infelizmente, todos nós estamos perdendo”, refletiu Renato, apontando que a pressão e o tipo de discurso atualmente prevalecentes estão destruindo a essência do esporte.
Apesar da eliminação na Sul-Americana, Renato teve momentos de destaque, como levar o Fluminense às semifinais do Mundial de Clubes da FIFA e à fase decisiva da Copa do Brasil, onde enfrentará o Vasco. Na Liga Brasileira, a equipe ocupa a oitava colocação, com 31 pontos, e agora será comandada interinamente pelo auxiliar Marcão, que terá a missão de quebrar uma sequência de oito derrotas seguidas contra o Botafogo no próximo clássico.
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