Imagine uma nova esperança renascendo para aqueles que enfrentam as desafiadoras consequências de lesões medulares. Um grupo de pesquisadores brasileiros está prestes a transformar essa imaginação em realidade. Com aprovação recente da Anvisa, a polilaminina, um medicamento inovador extraído da placenta, está avançando para testes em cinco pacientes em hospitais de São Paulo. Sua promessa? Regenerar células da medula e devolver, parcial ou totalmente, a mobilidade perdida.
O processo de tratamento é simplificado: bastará uma única dose, seguida de fisioterapia para reabilitação. O desenvolvimento desse medicamento é fruto da colaboração entre o laboratório Cristália e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que já se uniram ao Hospital das Clínicas da USP e à AACD para levar esse avanço à prática.
Desenhado sob a liderança da bióloga Tatiana Coelho Sampaio, a polilaminina promete ser uma revolução para aqueles com lesões recentes na medula, oferecendo uma chance real de reabilitação. Atualmente, estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que entre 250 mil e 500 mil pessoas no mundo sofrem esses tipos de lesão anualmente, e a polilaminina desponta como uma solução inovadora.
Os testes iniciais, realizados em cerca de 10 pacientes, já mostraram resultados promissores. Os melhores efeitos são observados quando a aplicação se dá nas primeiras 24 horas após o trauma; entanto, os benefícios também se estendem a lesões mais antigas. O tratamento tem se mostrado seguro e eficaz, sem efeitos colaterais significativos.
Desde 2007, a Dra. Tatiana e sua equipe têm explorado as propriedades da laminina — uma proteína natural —, cuja formulação pode ser extraída da placenta. Em comparação a tratamentos com células-tronco, a polilaminina se apresenta como uma alternativa mais acessível e previsível, algo que a bióloga destaca com entusiasmo.
O próximo passo para a polilaminina está prestes a começar. Após a aprovação da Anvisa, inicia-se a fase 1 dos estudos clínicos e a Santa Casa de São Paulo já se prepara para aplicar o medicamento, com grandes expectativas de sucesso.
Os históricos dos pacientes tratados são inspiradores. Bruno Drummond de Freitas, por exemplo, sofreu um grave acidente de trânsito que resultou em perda de mobilidade completa. Apenas 24 horas após o trauma, recebeu a polilaminina e, um ano depois, voltou a caminhar normalmente, desafiando as previsões médicas de tetraplegia permanente.
Hawanna Cruz Ribeiro viveu uma trajetória semelhante. Após um trauma que a deixou sem mobilidade, a jovem recebeu o tratamento e, enfrentando barreiras financeiras, tornou-se uma atleta paralímpica de rugby, provando que limites podem ser superados.
Este avanço na medicina é mais que um simples tratamento; é um convite à esperança. Se você conhece alguém que tem enfrentado dificuldades semelhantes ou deseja discutir sobre essa revolução na saúde, compartilhe suas opiniões nos comentários!