Uma recente pesquisa realizada pela Genial/Quaest entre os moradores do Rio de Janeiro revelou um dado impactante: 73% dos entrevistados defendem que as operações policiais em comunidades, morros e favelas devem continuar. Esse apoio majoritário se mantém firme mesmo após os eventos traumáticos da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que ocorreu na última terça-feira (28/10) e resultou em mais de 100 mortes.
Os resultados mostram uma tendência clara: a aprovação às ações da polícia é mais intensa entre grupos que se identificam com a direita e o centro político, além de cidadãos com renda superior a cinco salários mínimos. Em contraste, os entrevistados que se posicionam à esquerda apresentaram as menores taxas de apoio, evidenciando suas preocupações com violações de direitos humanos e o uso excessivo da força em intervenções policiais.
De acordo com o levantamento, 64% dos habitantes avaliam positivamente a operação, enquanto 58% a classificam como um sucesso. Para este estudo, foram realizadas 1,5 mil entrevistas, com uma margem de erro de três pontos percentuais, refletindo uma amostra significativa das percepções da população.
A operação nas comunidades do Alemão e da Penha envolveu cerca de 2,5 mil agentes, resultando em 121 mortes, incluindo 4 policiais; além disso, 81 suspeitos foram presos e 93 fuzis apreendidos. O governo estadual definiu a ação como “estratégica e indispensável” para combater o tráfico de drogas, enquanto entidades de direitos humanos alertaram sobre os elevados índices de letalidade e possíveis abusos cometidos durante a operação.
Diante desse cenário tenso e multifacetado, quais são as suas opiniões sobre as operações policiais nas comunidades? Você acha que o apoio popular se justifica ou é preciso reavaliar essa abordagem? Compartilhe sua perspectiva nos comentários!