3 setembro, 2025
quarta-feira, 3 setembro, 2025

RJ: traficante que atirou em PM e mototaxista é solto e MP apura falha

Compartilhe

Erick Marllon Dutra Sartorio Ferreira

No Rio de Janeiro, um inesperado desdobramento em uma sequência de audiências de custódia resultou em uma falha crítica no sistema de Justiça, permitindo a liberdade de Erick Marllon Dutra Sartorio Ferreira, conhecido como “Mascote”, de 22 anos. Acusado de tráfico de drogas e tentativa de homicídio contra policiais, ele agora está foragido após ser solto por uma decisão da Justiça Federal, sem sequer ser apresentado à Justiça Estadual, onde também enfrentava processos relacionados a um tiroteio que resultou na morte de um mototaxista e feriu um PM.

Erick foi detido em 21 de maio, em um confronto com a Polícia Militar que culminou com a morte do traficante Anderson Leonardo da Silva, conhecido como “Perninha”, e deixou um policial ferido. Contudo, três dias após sua prisão, ele foi levado a uma audiência na Justiça Federal, onde respondia por outro caso de tentativa de homicídio contra agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Durante a audiência federal, realizada no dia 24 de maio, a juíza Ana Carolina Vieira de Carvalho decidiu relaxar a prisão de Erick, alegando ilegalidades como a anotação equivocada do local da prisão e a falta de exame de corpo de delito. Essa decisão foi ainda mais alarmante, uma vez que ele não foi apresentado à audiência da Justiça Estadual, que já havia sido agendada para o mesmo dia.

Diante da gravidade da situação, a Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) iniciou um procedimento para investigar por que Erick não compareceu à audiência estadual, apesar de seu nome ter sido oficialmente comunicado. De acordo com a Seap, o registro do flagrante no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) só ocorreu após a decisão da Justiça Federal, dificultando o cruzamento de informações necessárias.

Por outro lado, a Polícia Civil refutou qualquer erro, alegando que Erick foi corretamente autuado e que a responsabilidade pela sua apresentação à Justiça Estadual era do sistema penitenciário. A Justiça Federal, por sua parte, atribuiu a soltura à falta de comunicação sobre o flagrante da Justiça Estadual, algo que impediu a verificação de possíveis sobreposições nas audiências.

Após a libertação de Erick, o juiz Rafael de Almeida Rezende, da Central de Audiências de Custódia do Tribunal de Justiça do Rio, decretou sua prisão preventiva no dia seguinte, mas o acusado já havia desaparecido. O Ministério Público agora investiga as responsabilidades por esta falha que resultou na soltura e fuga do traficante.

E você, o que pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário e participe dessa discussão crucial sobre o sistema de Justiça no Brasil!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você