A saída de Rony do Atlético-MG marca um capítulo significativo na história do clube mineiro. Na manhã desta terça-feira, 16 de julho, o atacante se despediu de seus companheiros na Cidade do Galo, sinalizando que não vestirá mais a camisa alvinegra. O clima de despedida envolveu a equipe enquanto Rony comunicava ao técnico Cuca sua decisão de deixar o clube.
Segundo relatos da Rádio 98, Rony apresentou um pedido de rescisão unilateral de contrato, alegando um descontentamento significativo com a situação financeira do clube. O jogador, adquirido por cerca de 6 milhões de euros, aproximadamente R$ 40 milhões, cita atrasos superiores a dois meses no pagamento do FGTS e pendências em direitos de imagem. Embora os salários estejam regularizados, ainda restam compromissos financeiros pendentes que afetaram a decisão do atleta.
Rony fundamenta seu pedido de rescisão no artigo 90, parágrafo 1º, da Lei Geral do Esporte, que permite a ruptura do contrato em casos de inadimplência. Com isso, ele se torna livre para assinar com qualquer clube, tanto no Brasil quanto no exterior, mantendo o direito de cobrar valores em aberto e a cláusula compensatória.
O clube se manifestou sobre o ocorrido, confirmando o recebimento do aviso legal, mas negando as alegações de atrasos salariais. Em nota, o Atlético afirmou estar rigorosamente em dia com os salários CLT, com apenas uma parcela dos direitos de imagem atrasada por dois dias. O Galo aguarda mais informações para tomar as providências necessárias.
Nesse contexto de incertezas, o Atlético-MG se prepara para enfrentar o Bucaramanga, da Colômbia, no jogo de volta dos playoffs da Sul-Americana, nesta quinta-feira, 24 de julho, às 21h30. Com uma vitória na ida por 1 a 0, a equipe busca confirmar a vantagem e avançar para as oitavas de final, onde enfrentará o Godoy Cruz. A torcida aguarda ansiosa por um desfecho positivo em meio a tantas reviravoltas.
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