12 setembro, 2025
sexta-feira, 12 setembro, 2025

Rubens Paiva e mais 101: governo entrega certidões de óbito corrigidas

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No próximo dia 8 de outubro, São Paulo se tornará cenário de um evento significativo e emocionante: a entrega das certidões de óbito corrigidas de Rubens Paiva, Carlos Marighella e mais 100 vítimas da ditadura militar (1964-1985). Esta cerimônia, promovida pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em parceria com a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), visa reparar uma injustiça que perdura ao longo dos anos.

O evento ocorrerá no renomado Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, a partir das 15h30, reunindo familiares das vítimas, autoridades e membros da comissão. Um momento de acolhimento, lembrança e, acima de tudo, de busca pela verdade.

Rubens Paiva, que foi deputado federal e um dos ícones da resistência, é uma figura central nesta narrativa. Cassado após o golpe de 64, ele morreu sob custódia do Exército em 1971, mas sua morte foi vilipendiada durante décadas com registros incorretos. Já Carlos Marighella, também deputado e notório opositore do regime, deixou sua marca ao fundar a Ação Libertadora Nacional (ALN). Ele foi brutalmente assassinado em 1969 em uma emboscada orquestrada pelo DOPS em São Paulo.

A entrega das certidões de óbito retificadas é um passo essencial para corrigir registros que por muito tempo distorceram a realidade das mortes. A ação resulta de uma colaboração com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e visa garantir que a memória das vítimas não seja esquecida. O MDHC afirma que esta iniciativa é fundamental para resgatar a verdade e restaurar a dignidade daquelas vidas tiradas em meio a graves violações de direitos humanos.

Essa jornada de resgate começou em 28 de agosto, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde foram entregues 21 das 63 certidões já retificadas. A ministra Macaé Evaristo enfatizou a importância dessa ação, ressaltando que “a luta por memória, verdade e justiça vale a pena”. A caminhada para a reconstrução do país, segundo ela, só é possível quando se supera o ódio e a ignorância.

As entregas continuarão até dezembro, culminando no II Encontro Nacional de Familiares de Pessoas Mortas e Desaparecidas Políticas, em Brasília. Este é um chamado para todos aqueles que acreditam na importância da memória e da justiça: compartilhe sua opinião ou compartilhe este evento. Juntos, podemos contribuir para um futuro mais justo e consciente.

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