Em um fatídico dia 17 de julho de 2014, o voo MH17 da Malaysia Airlines, que seguia de Amsterdã para Kuala Lumpur, encontrou seu trágico destino no céu da Ucrânia. O Boeing 777 foi abatido por um míssil BUK, supostamente de fabricação russa, enquanto voava sobre a região de Donbass, amplamente dominada por separatistas pró-russos. Com esta ação, 298 vidas, entre elas 196 holandeses, foram abruptamente encerradas.
Mais de oito anos após a tragédia, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) tornou público, em 19 de agosto de 2023, um novo capítulo nas repercussões deste crime aéreo. A Rússia, desafiando as conclusões da ONU que a responsabilizavam pela queda do avião, protocolou um pedido de contestação. Este movimento foi direcionado à Austrália e aos Países Baixos, os quais, ao lado da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), firmaram a acusação em maio de que Moscou era culpada pela catástrofe, desencadeando rapidamente a indignação russa.
A alegação da Rússia, que cita a Convenção de 1944 sobre Aviação Civil Internacional, argumenta que a OACI cometeu imprecisões fundamentais ao afirmar que essa convenção se aplica a conflitos armados. De acordo com Moscou, as evidências apresentadas foram distorcidas e não consideraram suficientemente as provas que a Rússia teria apresentado, acusando a investigação de falhas técnicas e manipulações evidentes.
Apesar das negativas, as investigações internacionais, envolvendo países como Países Baixos, Malásia, Austrália, Bélgica e Ucrânia, concluíram em 2023 que há “fortes indícios” de que o presidente russo, Vladimir Putin, estava diretamente envolvido na autorização do fornecimento do míssil que derrubou o voo. As repercussões desse caso continuam a reverberar no cenário geopolítico, mantendo a dor e o clamor por justiça vivos.
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