
Recentemente, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), surpreendeu a todos ao solicitar um empréstimo em ienes, a moeda oficial do Japão. Essa decisão marca um diferencial, já que é a primeira vez que ele opta por não utilizar as tradicionais moedas, como o dólar ou euro, durante seu mandato iniciado em 2023.
Com um histórico de 19 solicitações de empréstimo que somam cerca de R$ 23 bilhões, esta nova operação, prevista no Projeto de Lei nº 25894/2025, visa contratar um crédito externo de até 122,5 bilhões de ienes, equivalente a aproximadamente R$ 4,5 bilhões, através do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
A escolha pelo iene não foi ao acaso. A Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-Ba) justifica que a moeda japonesa se mostrou a mais estável, o que cria melhores condições para o financiamento. Um estudo comparativo entre o iene e as moedas ocidentais, como o dólar e o euro, respaldou essa decisão, apontando o iene como uma alternativa vantajosa e segura.
Este empréstimo tem um foco claro: a melhoria do perfil de endividamento do Estado. A proposta é substituir parte da dívida existente por um financiamento com condições mais favoráveis, minimizando custos e ampliando prazos. Espera-se que essa manobra economize ao redor de R$ 1 bilhão para os cofres estaduais.
Atualmente, a dívida líquida do Estado corresponde a 32% da receita corrente líquida, uma redução significativa frente aos 37% no final de 2024. Essa cifra é bem abaixo da média de endividamento de outros grandes estados, como o Rio de Janeiro, que alcança 199%. A Bahia, segundo o secretário da Fazenda, Manoel Vitório, mantém seu patamar de endividamento sob controle, em decorrência de uma gestão financeira cuidadosa.
Com operações de crédito bem estruturadas e um equilíbrio fiscal notável, a Bahia surge como exemplo de responsabilidade fiscal, capaz de atrair investimentos e garantir um futuro mais sustentável. O que você achou dessa estratégia inovadora do governo? Deixe seu comentário abaixo!