Recentemente, os salários dos magistrados no Brasil deram um salto impressionante de 49,3% em apenas um ano, atingindo uma média superior a R$ 65 mil. Esse aumento, registrado em 2024, está significativamente acima da inflação de 4,83% que prevaleceu durante o mesmo período, conforme revelado por uma pesquisa do Movimento Pessoas à Frente.
Em março de 2025, a remuneração média de um juiz foi registrada em R$ 65.532, aumentando drasticamente em relação aos R$ 50.997 do mesmo mês em 2024. Isso levanta um questionamento: como um salário médio pode se distanciar tanto do teto salarial do funcionalismo público, que é fixado em aproximadamente R$ 46 mil, voltado para os ministros do STF?
O estudo aponta que, entre 2023 e 2024, os magistrados já experimentaram um incremento de 21,95% em seus rendimentos líquidos, subindo de R$ 45.050,50 para R$ 54.941,80. Essa trajetória ascendente continuou em 2025, com um pico registrado em fevereiro, alcançando a marca de R$ 66.431,76.
O levantamento, intitulado “A corrida além do teto: Supersalários, verbas indenizatórias e a necessidade de resgate da autoridade constitucional”, revela ainda que os gastos com juízes aumentaram de R$ 7 bilhões em 2023 para R$ 10,5 bilhões em 2024 apenas nas remunerações. O estudo, conduzido pelo pesquisador Bruno Carazza com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), destaca que esses aumentos têm sido impulsionados por uma série de auxílios e benefícios extras, conhecidos como “penduricalhos”.
Esses adicionais representam agora mais de 43% dos rendimentos líquidos dos magistrados, permitindo que muitos ultrapassem o teto constitucional, atualmente fixado em R$ 46.366,19, e até mesmo evitem o pagamento de obrigações como o Imposto de Renda.
Essas informações suscitam reflexões importantes sobre os rumos da remuneração no serviço público. O que você pensa sobre isso? Deixe sua opinião nos comentários!