21 outubro, 2025
terça-feira, 21 outubro, 2025

São Paulo atrasa direitos de imagens dos jogadores, mas ajusta ‘bicho’ por vaga na Libertadores

Compartilhe

O São Paulo enfrenta um momento delicado, com atrasos significativos no pagamento dos direitos de imagem de seus jogadores. Embora os salários normais, via carteira assinada, estejam em dia, as parcelas complementares estão pendentes, variando entre dois a três meses entre o elenco. O clube, por sua vez, optou por não se manifestar oficialmente sobre esse débito.

A estrutura salarial dos atletas mescla os pagamentos em dinheiro com os direitos de imagem, que são frequentemente os atrasados. Isso ocorre porque a Lei Geral do Esporte permite a rescisão unilateral de contrato em caso de atraso de pelo menos dois meses consecutivos nos salários garantidos pela CLT. Assim, com um atraso superior a dois meses, o atleta pode se recusar a treinar ou competir sem sofrer punições.

Apesar da crise, a diretoria fez um leve reajuste no bicho pago aos jogadores antes da derrota para o Mirassol. Uma reunião deve acontecer em breve, onde o presidente Júlio Casares reunirá esforços junto ao CEO, Márcio Carlomagno, no CT da Barra Funda. Ambos compartilham o sonho de conquistar uma vaga na Libertadores, que se tornou mais distante após três derrotas consecutivas.

Os números não são animadores: segundo o Departamento de Matemática da UFMG, as chances de classificação do São Paulo são de apenas 4,4%. A crise financeira tem moldado o ano do clube, que iniciou a temporada com uma dívida próxima de R$ 1 bilhão. Como resposta, não foram feitas novas contratações e o elenco foi enxugado. A venda controvertida de alguns jogadores da base tornou-se uma alternativa crucial para a geração de caixa.

A austeridade é uma necessidade imposta pelo Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), que está trabalhando para amortizar as dívidas do clube com instituições financeiras. Um relatório recente revelou uma redução de R$ 56 milhões na dívida total, que caiu de R$ 968 milhões em dezembro de 2024 para R$ 912 milhões até outubro deste ano. Essa queda deve-se principalmente à diminuição das dívidas bancárias, que tiveram uma redução de 22%, passando de R$ 259,2 milhões para R$ 202,2 milhões.

Uma das estratégias para aumentar a arrecadação envolve a criação de um Fundo de Investimento em Participações (FIP) em Cotia, onde a base de formação de talentos do clube seria separada do resto da administração, permitindo que investidores externos participem dos ganhos. Essa proposta, que já estava sendo discutida informalmente, será oficialmente apresentada ao Conselho Deliberativo no final da temporada.

E você, o que acha das medidas que o São Paulo está tomando para enfrentar essa crise? Deixe sua opinião nos comentários!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você