27 agosto, 2025
quarta-feira, 27 agosto, 2025

São Paulo concentra mais da metade dos baianos que migraram para fora do estado; mulheres são maioria entre os emigrantes

Compartilhe

Destinos de migração dos baianos

A Bahia enfrenta um dilema demográfico: ao mesmo tempo em que perde a população por migração, revela-se um dos estados com os maiores desafios sociais e econômicos do Brasil. Recentemente, os dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados pelo IBGE, revelaram que São Paulo se tornou o principal destino para os baianos que deixam sua terra natal. Impressionantes 1,84 milhão de baianos residem na metrópole paulista, representando 54,4% da comunidade baiana fora do estado.

No total, mais de 3,3 milhões de baianos viviam fora da Bahia em 2022, sendo que as mulheres se destacam como maioria entre os migrantes, com 53,2% desse grupo. Esse contexto ilustra uma nova dinâmica na migração, onde a participação feminina é mais expressiva do que a porcentagem de mulheres que permanecem na Bahia, onde elas representam 51,7%.

Além de São Paulo, quatro outros estados configuram como os principais redutos da comunidade baiana. Juntas, essas localidades abrigam 78,5% dos migrantes da Bahia. Os números são impressionantes: Goiás acolhe 243.364 baianos, Minas Gerais 221.000, Rio de Janeiro 177.789 e Espírito Santo 172.828. Essa taxa expressa uma mudança significativa no cenário histórico, onde Minas Gerais ultrapassa o Rio de Janeiro, que já foi o segundo mais procurado nos anos anteriores.

A Bahia, em contrapartida, também exerce um papel de acolhimento, recebendo migrantes de diversas regiões do Brasil, especialmente de São Paulo e Pernambuco. Em 2022, cerca de 961.896 pessoas de outras unidades da federação optaram por viver na Bahia. Curiosamente, 66,7% desses novos moradores vêm de apenas cinco estados: São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Sergipe e Rio de Janeiro.

Com os dados em mão, observamos que São Paulo se destaca não apenas como o maior emissor, mas também como o principal receptor de população oriunda da Bahia. Pernambuco, que outrora liderava o fluxo migratório para a Bahia, agora assume a segunda posição. O Rio de Janeiro, superando o Ceará, torna-se o quinto maior emissor para o estado nordestino em 2022.

Essas estatísticas do IBGE não apenas traçam um retrato dos fluxos migratórios, mas também revelam as desigualdades regionais que continuam a impulsionar a migração. Embora tenha havido uma desaceleração na taxa de migração entre 2010 e 2022, os mais de 3,3 milhões de baianos vivendo fora de seu estado mostram que muitos ainda enfrentam obstáculos econômicos e sociais que os levam a buscar novas oportunidades.

Gostou dessas informações? Compartilhe sua opinião ou conte sua própria história de migração nos comentários! Sua voz é importante.

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você