11 agosto, 2025
segunda-feira, 11 agosto, 2025

‘Se essas palavras chegarem a vocês, Israel conseguiu me matar’, escreveu jornalista da Al Jazeera antes de morrer 

Compartilhe

Anas al Sharif, correspondente da Al Jazeera

Na penumbra da guerra que assola Gaza, Anas al Sharif, um jovem jornalista de apenas 28 anos, deixou suas palavras para ecoar no mundo após sua morte. Em abril, ele registrou uma mensagem que, tragicamente, se tornaria seu legado. “Se estas palavras chegarem a vocês, saibam que Israel conseguiu me matar”, escreveu ele, clamando para que o povo nunca esquecesse Gaza. Essa carta se transformou em seu testamento, revelando não apenas sua coragem, mas também a violência que silenciou sua voz.

Al Sharif, correspondente da Al Jazeera, foi tragicamente morto em um bombardeio israelense, um evento que não era isolado, mas parte de um cenário sombrio no qual quase 200 jornalistas perderam a vida nos últimos 22 meses de conflitos na região. O ataque sucedeu no dia 10 de outubro de 2024, quando uma tenda que abrigava jornalistas foi atingida em frente ao Hospital Árabe Ahli na Cidade de Gaza. Com este ataque, a Al Jazeera perdeu não apenas Anas, mas também outros três membros de sua equipe, o correspondente Mohammed Qreiqeh e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa.

O diretor do hospital Al Shifa confirmou a tragédia, destacando a precisão do ataque que levou à morte de Anas, um jornalista reconhecido por sua dedicação em reportar as realidades dolorosas do norte de Gaza. A Al Jazeera, por anos, tem enfrentado desafios contínuos, incluindo restrições em seu trabalho e agressões a seus escritórios, devido à sua relação conturbada com Israel. Este cenário reflete não apenas um conflito de poder, mas também uma luta pela liberdade de imprensa.

O desespero de Anas al Sharif ressoa nas suas palavras e na dolorosa realidade que os jornalistas enfrentam no campo de batalha. À medida que o número de jornalistas mortos cresce, a necessidade de lembrar suas histórias e lutas se torna ainda mais crucial. Que cada palavra de Anas inspire uma reflexão maior sobre a importância de manter vivas as vozes daqueles que dedicaram suas vidas a informar o mundo, mesmo sob ameaça constante. O que você pensa sobre a cobertura da guerra e o papel da mídia em conflitos? Compartilhe suas ideias nos comentários abaixo.

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você