3 outubro, 2025
sexta-feira, 3 outubro, 2025

Sean ‘Diddy’ Combs é condenado 4 anos e 2 meses de prisão em Nova York

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Além do período de reclusão, o magnata do hip-hop terá de pagar multa de US$ 500 mil por acusações de abuso, coerção e exploração sexual

Jane Rosenberg/EFE

Ilustração feita pela artista Jane Rosenberg mostra o rapper Sean “Diddy” Combs (à dir.) ao lado de seu advogado Brian Steel, enquanto assiste à reprodução de um vídeo de seus filhos ainda bebês, durante o julgamento realizado nesta sexta-feira em um tribunal de Nova York

O rapper e empresário Sean “Diddy” Combs, 55, foi condenado nesta sexta-feira (3) a 50 meses de prisão — o equivalente a quatro anos e dois meses — pelo juiz federal Arun Subramanian, em Manhattan, além do pagamento de multa de US$ 500 mil. A decisão encerra um dos processos mais midiáticos da indústria cultural americana nas últimas décadas. Diddy havia sido considerado culpado em julho por transportar mulheres entre estados americanos para fins de prostituição, em violação à Lei Mann, de 1910. As vítimas são a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, e outra mulher identificada no tribunal apenas como “Jane”.

Os promotores pediam mais de 11 anos de prisão, enquanto a defesa buscava pena reduzida a 14 meses. No fim, o juiz aplicou sentença menor, mas ressaltou a gravidade da conduta. “Boas ações não apagam o poder e o controle que você exerceu sobre mulheres que dizia amar profundamente”, afirmou Subramanian ao anunciar a decisão.

Durante o julgamento, a acusação detalhou as chamadas freak-offs — orgias organizadas por Diddy, regadas a drogas e sem consentimento pleno das envolvidas. As vítimas relataram episódios de violência física e psicológica, além de ameaças de que o rapper divulgaria vídeos íntimos caso se recusassem a participar. Apesar de absolvido das acusações mais severas — como tráfico sexual e conspiração para extorsão, que poderiam resultar em até 20 anos de prisão —, Diddy permanecerá preso no Centro de Detenção Metropolitana do Brooklyn, onde está desde setembro de 2024.

O caso ganhou repercussão mundial não apenas pelo peso das acusações, mas também pela trajetória de Combs, um dos maiores nomes do hip-hop, fundador da gravadora Bad Boy Records e produtor de artistas como Notorious B.I.G., Mary J. Blige e Usher. Sua fortuna é estimada em US$ 1 bilhão.

Na audiência, filhos e familiares prestaram apoio e pediram clemência ao juiz, enquanto o rapper se declarou arrependido. “As pessoas podem mudar. Eu sei que mudei”, disse Diddy. Ainda assim, o juiz destacou a necessidade de “uma sentença substancial” para enviar mensagem clara sobre responsabilização em casos de violência contra mulheres.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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