Uma delegação paulista, liderada pelo secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo, Arthur Lima, embarcará em uma missão a Israel entre 8 e 17 de setembro. A viagem tem como objetivo reafirmar o apoio ao governo israelense em meio à crescente tensão diplomática com o Brasil, exacerbada pelas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acusou Israel de genocídio contra os palestinos. Essa crise se intensificou desde o início do conflito contra o Hamas na Faixa de Gaza.
A comitiva, formada por oito deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), foi convocada pelo Consulado de Israel em São Paulo e inclui membros da Frente Parlamentar em Defesa da União Brasil e Israel. Danilo Campetti, presidente da Frente, enfatizou: “Queremos mostrar que o Estado de São Paulo e a maioria dos brasileiros apoiam Israel. A postura do governo Lula não representa a população e tem causado sérios danos às relações internacionais”.
Além de Arthur Lima, participarão da delegação dois técnicos do governo paulista. O objetivo da missão vai além da simples solidariedade; busca fortalecer as relações institucionais e promover o intercâmbio de experiências entre Brasil e Israel. Segundo a Casa Civil, todas as despesas da viagem serão custeadas pelo Estado de Israel.
A agenda da comitiva inclui visitas ao parlamento israelense e reuniões com sobreviventes do ataque do Hamas, familiares de reféns e aqueles que já foram libertados. Entre os deputados que acompanharão Lima estão Gil Diniz, Lucas Bove, Capitão Telhada, Tenente Coimbra, Oseias de Madureira, Paulo Mansur e Dani Alonso.
A viagem ocorre em um contexto de crescente críticas de Tarcísio ao governo Lula, principalmente sobre a renegociação de tarifas comerciais com os Estados Unidos. No início da crise, ele se encontrou com autoridades americanas e canadenses para discutir os impactos das medidas tarifárias. Com declarações polêmicas de Lula, que comparou a ofensiva em Gaza ao Holocausto, o clima entre os países azedou ainda mais.
Na semana passada, um incidente envolvendo um tweet do ministro da Defesa de Israel, que retratou Lula como um boneco de marionete manipulado pelo líder supremo do Irã, acirrou os ânimos. Esse episódio resulta em uma sensação crescente de que Lula é visto como persona non-grata em Israel. A comitiva paulista, portanto, não é apenas uma visita diplomática, mas um forte sinal de apoio e uma tentativa de restaurar a imagem do Brasil nesse contexto internacional.
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