Na arena política do Senado, um embate já se desenrola. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), declarou que as sabatinas de indicados às agências reguladoras e tribunais superiores continuarão, desafiando a oposição. A decisão firme de Alencar surge em meio a um boicote liderado por senadores bolsonaristas, que buscam obstruir o processo como reação à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
“Só não vou fazer as sabatinas se eles (bolsonaristas) ocuparem aqui. Se eles não ocuparem, eu venho. Dou minha presença. Se tiver 14 (senadores), eu abro”, afirmou Alencar, reforçando sua determinação em manter o funcionamento da CCJ.
O presidente da CCJ também mencionou que, na terça-feira (5/8), recebeu personalidades importantes, como a procuradora alagoana Marluce Caldas, indicada para o Superior Tribunal de Justiça, e o advogado Artur Watt Neto, nomeado para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Estes encontros refletiram o beija-mão característico das indicações, onde o apoio entre os senadores é estabelecido.
A tensão aumenta ainda mais quando observamos o cenário dentro da Comissão de Infraestrutura, sob a liderança de Marcos Rogério (PL-RO). O senador promete suspender as sabatinas para as agências reguladoras até que ações favoráveis a Bolsonaro sejam pautadas por Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado. A Comissão é responsável por organizar as votações de indicações para entidades como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Nacional de Mineração (ANM).
Alcolumbre havia anunciado que as sabatinas ocorreriam entre 11 e 15 de agosto, com a intenção de levá-las rapidamente ao plenário. Em meio a esse clima de incerteza, o desenrolar das próximas semanas promete ser decisivo para a formação das agências reguladoras e o futuro político do país.
O que você pensa sobre essa situação no Senado? Compartilhe sua opinião nos comentários!