
Em um dia histórico em Istambul, sete países muçulmanos uniram forças para traçar um futuro autónomo para Gaza. O chamado à autodeterminação foi proclamado pelo ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, que enfatizou a necessidade urgente de reconstruir a região e garantir o retorno seguro dos deslocados. “O povo palestino deve se autogovernar e garantir sua própria segurança”, afirmou Fidan, rejeitando qualquer forma de tutela externa.
Os representantes da Turquia, Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Paquistão e Indonésia discutiram, também, a importância de uma rápida reconciliação entre o Hamas e a Autoridade Palestina. Fidan acredita que a unidade fortalecerá a representação palestina no cenário internacional. Essa colaboração é vital em tempos de crise, quando a voz dos palestinos precisa ser ouvida e respeitada.
Durante a reunião, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, não poupou críticas à postura de Israel desde o cessar-fogo em 10 de outubro. Ele chamou a atenção para a necessidade urgente de aumentar a ajuda humanitária e iniciou um apelo à Liga Árabe e à Organização de Cooperação Islâmica (OCI) para que assumissem uma posição de liderança no processo de reconstrução em Gaza.
A proposta de uma força internacional de estabilização em Gaza também foi discutida, com a Turquia manifestando interesse em participar. No entanto, Israel, que tem uma visão cautelosa em relação à Turquia, já deixou claro que somente países considerados “imparciais” poderão integrar essa força. Este impasse é simbolizado pela espera de uma equipe turca de resgate, que aguarda autorização para entrar em Gaza e colaborar na busca de corpos, incluindo os de cidadãos israelenses.
Este encontro representa um primeiro passo significativo em direção a um futuro onde os palestinos possam governar a si mesmos. Agora, a pergunta que fica é: como podemos apoiar essa causa? Deixe seus pensamentos nos comentários e junte-se à discussão sobre o futuro de Gaza e a autodeterminação do povo palestino.