ECONOMIA
Shein proíbe venda de bonecas sexuais após pressão da França

03/11/2025 – 22:20 h

Shein –
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Neste mês de novembro, a Shein fez um movimento impactante ao anunciar a proibição da venda de bonecas sexuais em sua plataforma. Essa decisão foi impulsionada pela pressão do governo francês, que ameaçou excluir a marca do seu território, intensificando um debate já acirrado sobre a moralidade e legalidade da venda desse tipo de produto.
Um porta-voz da Shein confirmou que a empresa irá implementar uma “proibição total” desses itens, assegurando que todos os anúncios e imagens correlacionadas foram retirados do site, com a novidade sendo aplicável em escala global. Esta ação vem em um momento crítico, depois que o ministro da Economia francês, Roland Lescure, fez declarações firmes sobre a necessidade de proteger a moralidade pública.
Antes do anúncio oficial, Lescure advertiu que, se a Shein não tomasse medidas imediatamente, o governo teria o direito de barrar o acesso da empresa ao mercado francês. “Esses produtos horríveis são ilegais e geraremos uma investigação judicial,” enfatizou, referindo-se à polêmica causada pelo surgimento de bonecas sexuais com características infantis.
Não apenas a Shein está na mira das autoridades. Elas também estão avaliando ações legais contra outras plataformas, como AliExpress e Temu, que vendem produtos similares. As consequências financeiras para a Shein em território francês não são pequenas; a empresa já recebeu, neste ano, multas que somam 191 milhões de euros por uma variedade de infrações, como desrespeito à legislação sobre cookies e informações enganosas.
Vale lembrar que a situação é complexa, pois, conforme o ministro Lescure, a legislação pode ser burlada já que muitos usuários têm acesso às plataformas através de VPNs. O cenário está se desenhando para um embate crescente entre gigantes do e-commerce e a legislação em crescente adaptação.
O anúncio da proibição surge pouco antes da abertura da primeira loja física da Shein em Paris, um passo ambicioso para a marca que tem crescido rapidamente no mercado europeu. Como essa história continuará a se desenrolar? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe suas perspectivas sobre o futuro do comércio eletrônico e a legislação que precisa acompanhá-lo.