Em uma coletiva de imprensa recente, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, trouxe à tona uma grave situação envolvendo migrantes mexicanos. Atualmente, 30 compatriotas estão detidos no centro de imigração conhecido como “Alcatraz dos jacarés”, localizado na Flórida. Essa prisão, situada em uma região pantanosa, tornou-se um símbolo das dificuldades enfrentadas por aqueles que buscam uma vida melhor nos Estados Unidos.
Sheinbaum garantiu que assistência consular está sendo prestada aos detidos. Vale destacar que o cônsul em Miami, Rutilio Escandón, já visitou o local em três ocasiões para apoiar os mexicanos, encontrando-se diretamente com eles. Durante a coletiva, a presidente mencionou uma nota recebida que detalha o contato realizado pelo consulado e a necessidade imperiosa de auxílio aos que se encontram nessa situação.
O governo mexicano, em um relatório recente, destacou a situação de dois irmãos que também estão detidos e cuja repatriação já foi solicitada. “Foi enviada uma nota exigindo que os mexicanos que possam entrar nesse centro de detenção sejam repatriados imediatamente”, afirmou Sheinbaum, evidenciando a preocupação com os casos de abuso reportados por defensores dos direitos humanos.
Organizações como a Human Rights Watch têm denunciado, de forma alarmante, os abusos e o tratamento desumano em vários centros de detenção na Flórida. Em meio a essa crise, a administração de Sheinbaum criticou as operações migratórias ordenadas pela gestão anterior, mencionando casos trágicos, como o de um trabalhador agrícola mexicano que perdeu a vida em Camarillo durante uma abordagem migratória.
De acordo com dados atualizados até 11 de julho, cerca de 355 mexicanos foram detidos desde o retorno de Donald Trump ao poder, em 20 de janeiro. Essas estatísticas impressionam e geram uma reflexão urgente sobre as condições enfrentadas por milhões que buscam refúgio e oportunidades além das fronteiras.
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