28 agosto, 2025
quinta-feira, 28 agosto, 2025

Show em libras: São João de Paripe leva intérpretes para o palco

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São João no Atarde

SÃO JOÃO

Presença de profissionais garante participação de pessoas surdas no evento

Durante o vibrante segundo dia do São João de Paripe, no coração do subúrbio ferroviário de Salvador, a festa se enriqueceu com a atuação de intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Essas vozes visuais foram essenciais para garantir que as pessoas surdas se sentissem parte da celebração, permitindo-as acompanhar as apresentações com total imersão.

Nos bastidores, a dedicação dos intérpretes é palpável. Alisson George, um dos representantes da instituição Pense em Libras, destaca a importância da preparação meticulosa. “Estudamos as músicas e suas nuances”, explica Alisson. “Durante o período junino, a variedade dos repertórios é ampla, e queremos traduzir cada canção com a precisão que merece.”

Essa participação vai além de uma simples tradução. Alisson enfatiza a conexão emocional com o público surdo, que observa cada gesto e cada emoção expressa. “Certa noite, uma mulher se aproximou e disse que encontrou nas minhas interpretações a verdadeira poesia das músicas, mais do que no próprio cantor. Isso demonstra como a nossa presença agrega valor ao evento”, relembra.

A troca entre intérpretes ouvintes e surdos no palco é igualmente fascinante. Jamile Simeia, uma intérprete surda, depende da colega Priscila Mota para receber o feedback visual necessário. “Eu não escuto a música, então preciso de um espelho visual. A vibração e o retorno da Priscila me ajudam a transmitir a essência da canção”, explica Jamile, ressaltando a sinergia no palco.

A ampliação da acessibilidade nos eventos culturais em Salvador é uma evolução notável. “Aqui em Paripe, no Parque de Exposições, temos intérpretes em toda parte, não apenas ouvintes, mas também surdos, como eu”, revela Jamile. Essa diversidade tem enriquecido a experiência cultural, onde a expressividade corporal e facial dos intérpretes agrega outra camada à performance, transformando cada apresentação em uma experiência única e vibrante.

Para Jamile, a liberdade de movimento e expressão é fundamental. “Sinto uma energia incrível ao estar no palco, acompanhando o ritmo e usando minha expressividade. É uma sensação de liberdade que me conecta ainda mais ao público.”

A celebração do São João de Paripe é um exemplo brilhante de inclusão, onde todos podem se unir no ritmo da festa. Que tal compartilhar essa experiência e inspirar mais pessoas? Comente abaixo sua opinião e vamos juntos espalhar essa energia positiva!

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