
Rio de Janeiro – Em um cenário tenso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, se reuniu com o governador Cláudio Castro (PL) no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) nesta segunda-feira (3/11). Antes da audiência sobre a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV), Moraes impôs restrições rigorosas, permitindo a entrada apenas dos principais secretários de segurança do Estado. Entre eles estavam o procurador geral do RJ, Renan Saad, o secretário de segurança pública, Victor dos Santos, o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, e o secretário da PM, Marcelo de Menezes.
Os assessores tiveram que deixar a sala, e Moraes também ordenou que nenhuma das autoridades presentes falasse com a imprensa sobre os tópicos discutidos. Essa medida, segundo fontes, visa garantir o sigilo e a integridade das informações tratadas na comissão.
A reunião foi convocada após um pedido do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH). O objetivo é que o governador explique detalhadamente os procedimentos da operação, assegurando que o controle e a fiscalização da atuação policial sejam mantidos pelo Ministério Público. A Defensoria Pública do RJ (DPU) também deve ter acesso às informações, conforme solicitação feita recentemente.
Atualmente, Moraes é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, conhecida como ADPF das Favelas, que busca regulamentar as ações policiais em comunidades. Essa ação foi iniciada em 2019 pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e, com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, Moraes assumiu a responsabilidade de decidir sobre os casos urgentes envolvidos.
Além dessa reunião crucial no CICC, Moraes tem uma agenda cheia neste dia, com encontros marcados com o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do RJ, desembargador Ricardo Couto, o procurador-geral de Justiça do Estado RJ, Antonio José Campos Moreira, e o defensor público-geral do Estado do RJ, Paulo Vinícius Cozzolino. O dia se encerra com um diálogo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).
A megaoperação, que justificou essa série de reuniões, resultou na mobilização de cerca de 2.500 agentes das polícias civil e militar, além de momentos dramáticos em que quatro policiais perderam a vida em confronto. Imagens dessa operação mostram criminosos fortemente armados, flagrados com equipamentos táticos, evidenciando a seriedade da situação enfrentada.
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