Durante um intenso interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), desmentiu a acusação de que sua corporação teria impedido eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva de chegarem às urnas no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Para Vasques, não houve qualquer indício de que a PRF tenha atuado de forma a favorecer algum candidato.
Em sua fala, ele enfatizou que, durante as reuniões de planejamento eleitoral, nunca se discutiu uma suposta parcialidade da PRF. Ao contrário do que se sugeriu, Vasques garantiu que não existiram ordens para bloquear ônibus que transportavam eleitores e que, ao longo das operações, não se registrou nenhum impedimento significativo ao voto. “Jamais. Eu não recebi [ordem]. A gente não fez isso, não vi”, afirmou vehementemente.
Explorando os relatos de abordagens realizadas pela PRF, Vasques explicou que os ônibus parados estavam em situações inadequadas e representavam riscos ao trânsito. Ele citou que, no dia 30 de outubro de 2022, 13 ônibus foram recolhidos, a maioria no Nordeste, por problemas mecânicos. “Não temos como determinar se um ônibus era do Lula ou do Bolsonaro”, garantiu.
A situação de Vasques é complexa. Ele foi preso em agosto de 2023, sob ordens do ministro Alexandre de Moraes, por supostamente tentar influenciar o resultado das eleições para favorecer Jair Bolsonaro. Após um ano encarcerado na Papuda, sua prisão foi posteriormente revogada, ao se considerar que os motivos que levaram à detenção não se sustentavam mais.
O inquérito envolve outros membros de um suposto núcleo que teriam utilizado a estrutura do governo para dificultar o acesso dos eleitores às urnas. Os réus incluem Fernando de Sousa Oliveira, Filipe Garcia Martins Pereira e outros que atuaram em posições chave na gestão de Bolsonaro. Todos estão sendo acusados de minimizar a participação dos eleitores, especialmente no Nordeste, reduto eleitoral de Lula.
A opinião pública ainda está dividida sobre as alegações, e a importância do voto livre e democrático continua sendo um tema crucial nesta narrativa. O que você pensa sobre as declarações de Silvinei Vasques? Deixe seu comentário abaixo e participe desta conversa que impacta o futuro da democracia no Brasil.