
Em meio a uma escalada de tensão com Washington e à crescente presença militar dos Estados Unidos no Caribe, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está buscando reforçar suas defesas. Para isso, ele está se voltando para aliados estratégicos, como Rússia, China e Irã, numa tentativa de modernizar seu arsenal e proteger seu território.
Recentes documentos americanos revelados pelo The Washington Post mostram que Maduro enviou cartas aos líderes Vladimir Putin e Xi Jinping, além de estabelecer contatos com o governo iraniano. Sua principal preocupação é a desatualização da infraestrutura de defesa da Venezuela, especialmente com a movimentação de navios de guerra e aeronaves americanas perto de suas costas, apresentadas como operações contra o narcotráfico.
A tensão se intensificou quando rumores surgiram de que a administração Trump poderia considerar bombardear alvos militares na Venezuela, como portos e aeroportos supostamente utilizados para o tráfico de drogas. Embora o ex-presidente tenha negado a intenção de um ataque, a movimentação militar é vista em Caracas como uma conhecida estratégia de demonstração de força.
Nos diálogos com a Rússia, Maduro pediu assistência para a manutenção de aeronaves de combate Sukhoi Su-30, além de uma revisão de sistemas de radar e um possível fornecimento de mísseis. A carta a Putin também abordou um plano de financiamento para tornar essa cooperação viável.
Com a China, as solicitações de Maduro focaram em ampliar a colaboração militar e acelerar a produção de sistemas de detecção de radar, enquanto que as negociações com o Irã, coordenadas pelo ministro dos Transportes venezuelano, Ramón Celestino Velásquez, incluíram pedidos para o envio de drones de longo alcance e equipamentos de detecção.
Essa aliança com Rússia, China e Irã não é nova; tem sido essencial para a sobrevivência do governo Maduro durante períodos críticos de crise econômica e sanções. A Rússia é um parceiro militar de longa data, enquanto a China oferece suporte econômico e tecnológico. O Irã, por sua vez, tem sido um aliado estratégico, fornecendo equipamentos e táticas para ajudar a Venezuela a evitar bloqueios.
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