Na última segunda-feira, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fez história ao prender Rubens Oliveira Costa, um economista e empresário, durante seu depoimento. A prisão, determinada pelo relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar, ocorreu após Costa ser acusado de mentir e omitir informações vitais para o andamento das investigações. Ele é suspeito de atuar como lobista, facilitando a comunicação entre o INSS e operadoras que realizavam descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
O clima de tensão ao redor do depoimento de Costa aumentou à medida que ele começou a se contradizer. Sua prisão em flagrante foi uma resposta contundente ao que a comissão considerou uma tentativa de obstruir a verdade. Após algumas horas detido pela Polícia Legislativa, Costa pagou fiança e foi liberado. Contudo, a possibilidade de transferência para a Polícia Federal ou outra prisão em Brasília foi considerada, dada a gravidade das declarações feitas por ele.
Alfredo Gaspar explicou que as evidências reunidas mostravam que Costa ocultou informações e negou ter conhecimento de atividades fraudulentas, mesmo diante de provas contundentes. Investigações paralelas revelaram que o economista movimentou cerca de R$ 50 milhões, quantias que levantam sérias suspeitas sobre a origem desses recursos, que poderiam ter sido desviados de aposentados e pensionistas.
Rubens Oliveira Costa é conhecido como o braço direito do enigmático “careca do INSS”, uma figura central no esquema fraudulento que tem gerado alarde entre beneficiários do sistema. Embora o “careca” tivesse desistido de comparecer à CPMI na semana anterior, ele já tem uma nova audiência marcada, e a comissão espera que seu depoimento traga elementos novos para elucidar este escândalo que afeta tantos brasileiros.
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