23 agosto, 2025
sábado, 23 agosto, 2025

Soltas e ferozes, matilhas pelo DF fazem explodir número de ataques de cães

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As ruas do Distrito Federal se tornaram um cenário alarmante para os amantes dos animais e para a segurança da população. Com mais de 1 milhão de cães e gatos vivendo em situação de abandono, a situação se agrava a cada dia, conforme dados da Confederação Brasileira de Proteção Animal. Além da triste realidade dos animais, um fenômeno inquietante tem chamado a atenção: o crescente número de ataques de cães a pedestres.

Investigações recentes revelam que os registros de ataques aumentaram 42% entre 2021 e 2024, passando de 198 para 281 ocorrências. Essa escalada de violência envolve não apenas a saúde física das vítimas, mas também um impacto psicológico profundo, que tende a deixar marcas duradouras.

Cristiano Lopes, o novo secretário da Secretaria Extraordinária de Proteção Animal do DF, foi abordado pelo Metrópoles para discutir o tema. Ele assumiu o cargo em agosto, após a exoneração de sua antecessora por um caso de maus-tratos que levantou uma série de questionamentos. Apesar de sua impossibilidade de conceder uma entrevista imediata, a secretaria anunciou que estão sendo elaboradas estratégias focadas na segurança da população, respeitando o bem-estar dos animais.

“Estamos buscando parcerias com abrigos para acolher animais em situações emergenciais, além de planejar a construção de um novo albergue público para aumentar nossa capacidade de atendimento”, afirmou a secretaria.

Alguns ataques recentes foram particularmente preocupantes. Um exemplo alarmante ocorreu com uma pediatra atacada por um grupo de dez cães na Asa Norte. Em outro incidente, uma mulher em Ceilândia foi derrubada por seis cães, que a feriram perigosamente. “A sensação era de que eu ia morrer. A fêmea veio para atacar meu pescoço… Se fosse uma criança, teria morrido”, relatou a vítima, evidenciando o temor que esses ataques geram na comunidade.

A infectologista Lívia Pansera alerta que os ferimentos causados podem resultar em infecções graves e até em morte, dependendo da gravidade. “A saliva dos animais pode conter microrganismos que causam infecções sérias, especialmente em mordidas profundas.”

Na última investigação, a equipe do Metrópoles visitou pontos críticos do DF, como Asa Norte e Itapoã, onde muitos cães estão nas ruas. Em Asa Norte, apesar do pânico gerado pelos recentes ataques, moradores e comerciantes continuam a relatar sua insegurança ao circular pela área. O Instituto de Pesquisa e Estatística do DF revela que cerca de 15% da população em situação de rua possui animais.

“Nunca vi tantos cães na rua. É preciso passar longe deles, porque podem atacar, são sempre mais de quatro”, disse a comerciante Gilma Lima, de 61 anos, reforçando a sensação de medo que permeia a região.

Por outro lado, em Paranoá, a situação parece um pouco mais controlada. Embora haja presença de cães de rua, eles não têm se mostrado ameaçadores. O comerciante Gilberto Gomes relatou que, embora sejam comuns na região, nunca houve casos de ataques, reafirmando um cotidiano mais tranquilo.

A situação dos animais de rua no DF é complexa e demanda soluções urgentes. É fundamental que todos reflitam sobre como cada um pode contribuir. O que você pensa sobre essa problemática? Compartilhe sua opinião nos comentários e ajude a promover essa discussão crucial!

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