Sorriso, a joia do norte do Mato Grosso, se destaca com seus vastos campos de soja, pastagens abundantes e uma comunidade vibrante de quase 125 mil habitantes. Considerada a capital nacional do agronegócio, essa cidade tem navegado por um crescimento surpreendente, especialmente em 2024, quando liderou o ranking de valor de produção agrícola no Brasil, totalizando impressionantes R$ 7,2 bilhões.
A soja é o carro-chefe desse desempenho, com uma colheita de 2,08 milhões de toneladas que representa R$ 3,3 bilhões do total. No entanto, a Sorriso não é apenas uma potência na soja; também brilha no cultivo de milho, com um valor de produção de R$ 2,4 bilhões, além de garantir posição entre os quatro maiores produtores de feijão (R$ 195,7 milhões) e entre os seis primeiros no algodão (R$ 1,3 bilhão).
Os dados, obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, em 2023, o valor da produção agrícola nacional alcançou R$ 783,2 bilhões, refletindo a importância vital do agronegócio para a economia brasileira. Apesar de Sorriso se destacar, o título de maior produtor de soja pertence a São Desidério, na Bahia, que produziu 2,09 milhões de toneladas, gerando um valor de R$ 3,7 bilhões.
O Brasil possui um total impressionante de 144,5 milhões de toneladas de soja em 2024, ocupando a liderança mundial na produção. Notavelmente, entre os dez municípios que mais se destacam em valor de produção agrícola, oito têm a soja como produto principal. As exceções são Sapezal e Campo Novo do Parecis, que se destacam pelo cultivo do algodão.
| Município | Valor de Produção | Principal Produto |
| Sorriso (MT) | R$ 7,2 bilhões | Soja |
| São Desidério (BA) | R$ 6,6 bilhões | Soja |
| Sapezal (MT) | R$ 5,9 bilhões | Algodão herbáceo |
| Campo Novo dos Parecis (MT) | R$ 5,2 bilhões | Algodão herbáceo |
| Cristalina (GO) | R$ 5,1 bilhões | Soja |
| Formosa do Rio Preto (BA) | R$ 4,2 bilhões | Soja |
| Rio Verde (GO) | R$ 4,9 bilhões | Soja |
| Nova Ubiratã (MT) | R$ 4,6 bilhões | Soja |
| Diamantino | R$ 4 bilhões | Soja |
| Nova Mutum (MT) | R$ 4 bilhões | Soja |
Com seis cidades do Mato Grosso se destacando neste ranking, é evidente o poder do estado como o principal celeiro do Brasil. Entre os cinco estados que mais contribuem para a produção agrícola nacional, Mato Grosso lidera com 15,4%, seguido por São Paulo (15,1%), Minas Gerais (11,1%), Rio Grande do Sul (9,7%) e Paraná (9,2%).
Recentemente, a diferença entre Mato Grosso e São Paulo diminuiu consideravelmente. Em 2023, Mato Grosso respondia a 18,8% do valor da produção agrícola, enquanto São Paulo tinha 13,8%. Em um ano, essa diferença caiu para apenas 0,3 pontos percentuais.
O IBGE observou que, apesar da força da soja, a produção do estado enfrentou desafios devido à queda na cotação da soja e do milho. Em comparação, São Paulo cresceu impulsionado pela valorização da laranja e do café arábica, onde se destacou como o segundo maior produtor, atrás apenas de Minas Gerais. O Paraná, por sua vez, enfrentou uma queda na posição devido a problemas climáticos que afetaram sua safra de verão.
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