5 setembro, 2025
sexta-feira, 5 setembro, 2025

SP: 13% da frota, motos representam 40% dos veículos acidentados

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Após a pandemia, o cenário do trânsito em São Paulo se transformou de maneira alarmante, especialmente no que diz respeito aos acidentes com motos. Entre janeiro e julho deste ano, essas emergentes motocicletas representaram 40,5% dos veículos envolvidos em colisões, quase empatando com os automóveis, que totalizaram 40,7%. Com 264 motociclistas mortos nesse período, os números revelam a urgência de uma reflexão sobre a segurança nas ruas da capital.

Na última terça-feira (2/9), em um dia comum na cidade, uma cena emblemática confirmou essa realidade. No cruzamento das avenidas Rebouças e Pedroso de Morais, uma jovem motociclista chamada Giovanna Muniz, de 21 anos, foi vítima de um acidente. Era hora do rush, e a confusão nos corredores da metrópole era visível. Solidários, outros motoristas isolaram a área até a chegada da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da Polícia Militar, que levaram cerca de 20 minutos para chegar ao local, enquanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) demorou ainda mais.

Embora o incidente tenha deixado Giovanna assustada, ela conseguiu se recuperar rapidamente. Sua conexão com as motos não é recente. Desde criança, sonha em pilotar, e, mesmo após um acidente em março deste ano, ela não se deixou abalar. “Aqui não é para amadores. Precisamos estar sempre alertas, não só por nós, mas pelos outros também”, disse ela, refletindo sobre a necessidade de atenção redobrada no trânsito caótico da cidade.

Em termos de frota, as motos estão crescendo a um ritmo alarmante. Elas já representam 13,4% da frota paulistana, enquanto os automóveis dominam com 64,8%. Entre 2022 e 2023, o aumento foi de 17,2%, totalizando 1,3 milhão de motos em julho deste ano, conforme dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). Essa expansão se deve, em parte, à ascensão dos serviços de entrega, que incentivam comportamentos arriscados por meio de uma gamificação do trabalho.

Os dados do Infosiga evidenciam que, apesar do aumento percentual de acidentes com motos, o número absoluto de veículos envolvidos está em queda. Entre os principais tipos de colisões, destacam-se as laterais, especialmente quando um motociclista tenta mudar de faixa. A maioria dos acidentes ocorre durante as tardes, das 12h às 17h59.

A Prefeitura de São Paulo não se mantém inerte. Para combater esse crescimento nos acidentes, investiu em projetos como a Faixa Azul, que já resultou em uma diminuição de 47,2% nas mortes nas áreas sinalizadas. Adicionalmente, iniciativas de segurança viária, como as Frentes Seguras e campanhas educativas, estão em curso para conscientizar motociclistas.

Em meio a esse panorama, é imprescindível que todos, motoristas e motociclistas, façam sua parte pela segurança no trânsito. A experiência de Giovanna é um lembrete de que a atenção e a cautela são essenciais para um trânsito mais seguro em São Paulo. E você, o que pensa sobre esse cenário? Compartilhe suas ideias e experiências nos comentários!

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